Publicado em: 12/11/2024 às 10:45hs
Mesmo com o tempo seco no Paraná favorecendo o desenvolvimento das lavouras de feijão, a preocupação entre os produtores permanece devido às temperaturas noturnas baixas. Em algumas regiões, a previsão para esta semana indica mínimas entre 8°C e 9°C, o que, embora não cause grandes danos, pode afetar a produtividade esperada em algumas sacas. Ontem, o mercado do feijão se manteve com cotações estáveis, conforme apontado pelo índice CEPEA/CNA.
Mais grave, no entanto, são os alertas levantados por um estudo publicado na revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, que reúne pesquisas científicas sobre temas diversos. Realizado por especialistas de universidades brasileiras e pela EMBRAPA, o estudo apresenta dados relevantes sobre a presença do feijão e do arroz na alimentação escolar no Brasil.
O estudo examina o conceito de Segurança Alimentar e o papel da oferta pública de alimentos em programas governamentais, com foco na presença de arroz e feijão na alimentação das redes estaduais de educação. O objetivo é oferecer informações que possam orientar decisões sobre a compra de alimentos no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A pesquisa, de caráter exploratório-descritivo e quantitativo, analisou cardápios escolares de 11 estados brasileiros, conforme dados disponíveis nos sites das secretarias de educação para o período de janeiro a junho de 2024. A frequência de presença de arroz e feijão foi calculada para cada estado.
Os resultados mostraram que a ausência de arroz e feijão nos cardápios variou de 15,8% no Paraná a 71,2% no Tocantins. Cardápios com arroz, mas sem feijão, variaram entre 3,4% no Rio de Janeiro e 41,7% no Mato Grosso. Já o feijão sem arroz foi registrado em percentuais entre 0% em estados como Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, até 10,2% no Rio de Janeiro. A oferta conjunta de arroz e feijão variou de 6,7% no Ceará a 74,2% no Paraná.
Esses dados mostram que menos da metade dos cardápios analisados incluía ambos os alimentos, sugerindo que o valor nutricional do arroz e do feijão pode estar sendo subestimado nos programas de alimentação escolar.
Fonte: Portal do Agronegócio
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