Feijão e Pulses

Mercado de Feijão: Demandas Divergem entre Feijão Carioca e Outras Variedades

Variações marcantes nos preços refletem diferentes necessidades de mercado


Publicado em: 08/07/2024 às 12:40hs

Mercado de Feijão: Demandas Divergem entre Feijão Carioca e Outras Variedades

O mercado brasileiro de feijão carioca iniciou a semana com estabilidade, apesar da leve retração entre os compradores. Segundo Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, a disparidade de preços persiste, com lotes de qualidade inferior negociados a partir de R$ 170,00 por saca, enquanto os primeiros lotes das áreas irrigadas de Minas Gerais e Goiás alcançam até R$ 320,00 por saca. A maior parte das ofertas provém de Minas Gerais e Paraná, com contribuições adicionais de Santa Catarina.

Tendências e Movimentações no Mercado

Evandro destacou que, apesar da demanda moderada dos compradores, as negociações pontuais nas regiões produtoras já em colheita irrigada foram registradas entre R$ 300,00 e R$ 320,00 por saca. Em locais como Ponta Grossa (PR), os estoques remanescentes de safras anteriores são cotados entre R$ 200,00 e R$ 240,00, enquanto em Campo Verde (MT), as cotações variam de R$ 240,00 a R$ 280,00 por saca.

Com a progressiva saída das ofertas do mercado, espera-se uma redução na disponibilidade de feijão comercial, o que pode sustentar os preços. "A presença dos compradores foi limitada, com interesse específico em produtos de qualidade superior, tentando adquirir pelos mesmos valores da semana passada, sem sucesso," relatou o analista. A qualidade superior e os feijões extra, provenientes das colheitas das áreas irrigadas do Sudeste e Centro-Oeste, foram negociados até R$ 315,00 por saca no final da semana, refletindo uma crescente demanda por produtos mais novos e de boa aparência.

Outras Variedades em Destaque

Em contrapartida ao feijão carioca, o mercado de feijão preto enfrentou um início de semana com baixa oferta e demanda enfraquecida. Oliveira explicou que muitos empacotadores preferem adquirir diretamente das fontes de produção, limitando a movimentação do mercado. "Os preços dos vendedores permanecem firmes, sustentados pela entressafra e pela oferta restrita a curto prazo," destacou.

Para o futuro, a expectativa é de que a oferta aumente novamente com a chegada da nova safra em 2025. Até lá, o mercado deve permanecer estável, com vendedores mantendo os preços para evitar pressões de queda, enquanto os compradores realizam aquisições pontuais em caso de necessidade urgente.

No Paraná, os preços do feijão preto alcançam até R$ 275,00 por saca, dependendo da qualidade, embora novas transações sejam escassas devido à falta de urgência na compra.

Fonte: Portal do Agronegócio

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