Feijão e Pulses

Feijão agrega valor às pequenas propriedades no Norte do RS

Mesmo com uma quebra de 20% na safra, o preço do feijão está mais favorável que a soja


Publicado em: 21/03/2012 às 14:20hs

Feijão agrega valor às pequenas propriedades no Norte do RS

Comum nas pequenas propriedades, o feijão é uma ótima alternativa para agregar renda e absorver a mão-de-obra familiar, uma vez que determinadas cultivares devem ser colhidas manualmente, como informa o engenheiro agrônomo do escritório da Emater Regional, Cláudio Dóro. Se for produzido com tecnologia, o feijão tem um potencial de boa lucratividade, além disso, o preço atual do grão é um atrativo. “Por exemplo, um saco de soja está custando aproximadamente R$ 45 e o feijão em torno de R$ 110”, destaca.

Desta forma, ele observa que o valor agregado do feijão é maior que o da soja, e nas pequenas propriedades eles têm que fazer a rotatividade das culturas, em zonas onde não vai máquina, nas encostas de morro, por exemplo. “O ciclo dele é curto, de 100 a 110 dias, podendo liberar a área para um outro cultivo, plantando a safrinha ou milho para silagem”, informa Dóro.

Nesta última safra, a região de abrangência da Emater de Passo Fundo, que contempla 71 municípios, plantou 9.184 hectares, principalmente nos municípios de Frederico Westphalen, Planalto, Palmitinho, Seberi, Irai, Taquaruçu do Sul, e demais cidades próximas. A colheita encerrou no mês de fevereiro e a produtividade ficou em torno de 20 sacos por hectare. “Devemos ter uma colheita de 11.020 toneladas na região, registrando uma quebra de 20% comparado ao ano passado, devido a estiagem que pegou o feijão em fase de enchimento de grãos”, observa o agrônomo, destacando que essa situação o produtor sentiu os impactos da redução. Porém, houve uma compensação, pois o preço do feijão está mais valorizado.

De acordo com Dóro, o mercado do grão esfriou um pouco por causa da entrada da safra no mercado. “O nosso mercado é regional e também abastecemos o Rio de Janeiro, Brasília, ou seja, a região centro oeste do país, sendo que o excedente é exportado”, comenta ele.

Fonte: Diário da Manhã - Passo Fundo

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