Feijão e Pulses

Demanda pelo produto extra mantém cotações do mercado de feijão

Durante a última semana, o mercado brasileiro de feijão carioca testemunhou um volume considerável de oferta, com compradores presentes dentro das expectativas, o que manteve os preços estáveis na Bolsa


Publicado em: 22/04/2024 às 12:40hs

Demanda pelo produto extra mantém cotações do mercado de feijão

Aproximadamente 30 mil sacas foram ofertadas, com cerca de 10 mil comercializadas. Segundo Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, o mercado permaneceu firme para os padrões extra de escurecimento lento, especialmente para aqueles com classificação de cor 8,5 ou superior, enquanto permaneceu estável para os demais. Os feijões comerciais mantiveram seus preços inalterados, com pequenas variações nos preços dos tipos extra refletindo a qualidade do grão.

Menor Área Plantada para o Feijão Carioca

A projeção de área para a segunda safra do feijão classe cores, incluindo o feijão carioca, é de 324,8 mil hectares, representando uma queda de 8,6% em relação ao ano anterior. Isso deve resultar em uma produção de 515,9 mil toneladas, uma redução de 8,74% em comparação com a safra anterior. A produtividade média também apresentou uma leve diminuição, atingindo 1.588 quilos por hectare. Oliveira atribui essa redução à menor atratividade dos preços do feijão carioca em comparação com o feijão preto, juntamente com a preferência dos produtores por outras culturas mais rentáveis, como soja e milho.

Feijão Preto

O mercado de feijão preto permaneceu pouco movimentado, com um volume modesto de amostras na Bolsa. Embora cerca de 2 mil sacas tenham sido disponibilizadas, poucos lotes foram negociados efetivamente durante a semana. Oliveira observa que a variedade manteve-se estável, com preços entre R$ 240,00 e R$ 260,00 por saca para os feijões nacionais. Quanto à segunda safra, as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento, com condições climáticas favoráveis, apesar da previsão de temperaturas frias que podem atrasar o ciclo e aumentar o risco de doenças.

Na região de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, as indicações variam entre R$ 180,00 e R$ 220,00 por saca, enquanto as ofertas de feijão preto importado estão em média a R$ 280,00 por saca. Embora as vendas tenham se mantido estáveis, algumas flutuações na demanda podem afetar os preços. A cadeia produtiva prevê um aumento nas ofertas de feijão preto, o que pode trazer estabilidade ao mercado até que essas ofertas em maior volume cheguem.

Fonte: Portal do Agronegócio

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