Feijão e Pulses

Colheita de feijão no Rio Grande do Sul se encaminha para o final

Restam aproximadamente 5% da lavoura da 1ª safra de feijão a ser colhida no Rio Grande do Sul. Em decorrência do fenômeno La Niña, que provocou forte estiagem no Estado, as lavouras do grão vêm apresentando redução de produção


Publicado em: 02/03/2012 às 11:10hs

Colheita de feijão no Rio Grande do Sul se encaminha para o final

Resta aos produtores negociar seu produto colhido com paciência, esperando o melhor momento para a venda. Segundo o levantamento semana da Emater/RS-Ascar, a comercialização mantém-se aquecida no RS, com aumentos médios semanais. Nessa semana, a elevação foi de 1,21% sobre a anterior, ficando em R$ 87,55 o valor médio da saca de 60 kg do feijão preto, mantendo tendência de alta. A variação média deu-se entre R$ 70,00 e R$ 110,00/sc. Os agricultores já estão em início de plantio da safrinha, aproveitando as precipitações que retornaram ao Estado.

Segue também sem maiores percalços para os produtores a colheita da safra 2011/2012 de arroz. Nesta semana, o percentual de área colhida no Estado alcança os 8% sobre o total cultivado. Outros 20% da área já se encontram em condições de colheita. Na região da Campanha e Fronteira Oeste, o processo já alcança em média os 15%, com destaque para o município de São Borja e entorno, onde o percentual atinge 30%, aproximadamente. Nesse município, os rendimentos médios têm girado ao redor dos 7 mil kg/ha. Mais para o centro do Estado, em Cacequi, as primeiras cargas retiradas mostram produtividades em torno dos 6,7 mil kg/ha.

As recentes chuvas ocorridas em algumas áreas do Estado proporcionaram condições um pouco mais favoráveis para as lavouras de milho plantadas mais no tarde, em especial para as que se encontram em desenvolvimento vegetativo e em floração (13% no total). Todavia, essas precipitações estão ocorrendo além do tempo ideal para a safra deste ano, uma vez que 40% dela já foram colhidos e 21% já se encontram com seu ciclo fisiológico concluído e sem possibilidade de recuperação (maduras). Nestas, os rendimentos apresentados oscilam bastante, reproduzindo a irregularidade do clima ao longo desta safra.

Na soja, embora o retorno das chuvas beneficie a cultura no processo de enchimento de grãos e na consequente maturação normal, o que se observa, de maneira geral, é que na maioria das lavouras o porte de planta ficou abaixo do normal. A fixação de flores e vagens também foi pequena, além de ter ocorrido um encurtamento no tempo de granação e maturação, provocando problemas na qualidade dos grãos. Essa situação é bastante visível nas primeiras cargas retiradas no 1% das lavouras já colhidas, que apresentam uma quantidade muito grande de grãos verdes, chochos, ardidos e com menor peso.

Hortigrangeiros

Favorecido pelo atual clima na região serrana, o pimentão vem se mantendo com bom desenvolvimento e livres da incidência de fitomoléstias e com reduzido ataque de pragas. Pela alta produtividade e elevada oferta ao mercado, o fluxo comercial que vinha lento, mostra-se ainda mais complicado, com valor da fruta em queda e não remunerando os investimentos da lavoura. Os preços médios para o pimentão verde estão em R$ 5,00/cx de 10 kg.

A safra de tomate do tarde está em início de colheita na Serra, com lavouras de boa sanidade e ótimo desenvolvimento. As fortes chuvas do período estressaram as plantas, porém, com a imediata intervenção com tratamentos foi evitada a entrada de fitomoléstias, o que contribuiu para a retomada do desenvolvimento.

Está no final a colheita da variedade de maça Gala, a mais plantada na região da Serra. A fase foi acelerada pelos efeitos da estiagem. As frutas estão com ótima coloração e sabor, porém, com calibre bem abaixo da média. Pomares da variedade Fuji, bem mais tardia do que a variedade Gala, vêm se desenvolvendo melhor, beneficiados pelo efeito das chuvas recentes, e demonstram frutos de bom tamanho, com ótima coloração e plantas bastante carregadas.

Pastagens

Em toda a área Central, Sul, Campanha e Fronteira Oeste do Estado, com as últimas chuvas os campos nativos estão assumindo a coloração verde intenso, melhorando sensivelmente o rebrote e, em consequência, a sua qualidade, mas ainda com a disponibilidade baixa, devido à falta de acúmulo de pasto. As pastagens cultivadas de verão, tanto anual como perenes, tiveram um melhor desenvolvimento, aumentando sua capacidade de suporte e qualidade. A maior deficiência é entre São Gabriel até Uruguaiana, onde há uma faixa com déficit hídrico, devido à falta de chuvas mais intensas, causando prejuízo às pastagens de verão ao campo nativo, que estão com recuperação mais lenta.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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