Publicado em: 16/04/2025 às 11:50hs
Feijão da Segunda Safra no RS Enfrenta Desafios Climáticos
O clima registrado no Rio Grande do Sul nas últimas semanas tem provocado impactos negativos no desenvolvimento do feijão da segunda safra no Estado. O Informativo Conjuntural, publicado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (10), revela que aproximadamente 10% da área cultivada já foi colhida. No entanto, o avanço das lavouras está sendo dificultado pela combinação de baixas temperaturas e umidade excessiva.
A Emater alerta que, embora a umidade elevada do solo tenha favorecido o crescimento das plantas, as baixas temperaturas, especialmente nas fases reprodutivas, podem prejudicar a formação das vagens e reduzir o potencial produtivo das lavouras. A estimativa é que a área cultivada com feijão atinja 11.913 hectares, com uma produtividade média projetada de 1.527 quilos por hectare.
Além do risco térmico, técnicos da Emater destacam o aumento da incidência de doenças fúngicas, em especial a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum. A patologia é mais comum em ambientes com alta umidade e temperaturas amenas, condições que têm sido observadas nas últimas semanas, especialmente no início de abril.
Na região de Frederico Westphalen, as lavouras estão em diferentes estágios de desenvolvimento, com a maioria das plantas encontrando-se entre as fases de floração e enchimento de grãos. No entanto, as temperaturas mínimas, que rondam os 9°C, estão abaixo da faixa ideal para o cultivo e podem afetar negativamente a fisiologia das plantas, refletindo diretamente na produtividade.
Na região de Ijuí, a situação é mais estável. De acordo com a Emater, mais da metade das lavouras está em fase de enchimento de grãos, apresentando bom desenvolvimento até o momento. A colheita ainda está em estágio inicial, com apenas 2% da área colhida até agora.
Em Soledade, as condições climáticas têm limitado o avanço fisiológico das lavouras. Técnicos da localidade informam que as chuvas recentes, juntamente com a queda nas temperaturas, têm retardado o ciclo produtivo. O florescimento e o enchimento de grãos seguem em andamento, mas de maneira lenta, o que pode comprometer o cronograma de colheita previsto para as lavouras da região.
Fonte: Portal do Agronegócio
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