Publicado em: 26/11/2024 às 13:10hs
A semana iniciou com uma movimentação tranquila no mercado de feijão, com volumes de negociação típicos de uma segunda-feira. O índice CEPEA registrou uma leve oscilação negativa nos principais polos de produção, mas o foco continua sendo o polo do Noroeste de Minas Gerais, que se destaca pela atividade comercial. Em Holambra e Itararé, os preços pagos oscilaram entre R$ 275 e R$ 278, dependendo das condições de pagamento, que, na maioria das vezes, são curtas.
Com os estoques de feijão armazenados, os produtores têm adotado uma estratégia de vendas graduais, controlando tanto a oferta quanto os preços. O que antes era uma prática restrita a poucos produtores, agora se tornou uma norma no setor. Essa abordagem tem sido crucial para evitar grandes oscilações nos preços, que poderiam ter levado a vendas abaixo do custo de produção, como aconteceu em agosto, setembro e outubro, seguidas de altas expressivas nos meses subsequentes.
Durante o encontro do setor agropecuário e de adidos agrícolas de 40 países, realizado em Brasília, foi possível discutir novas perspectivas para as exportações de feijão em 2025. As informações compartilhadas pelos adidos agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) indicam que, até o momento, a produção mundial de feijão em 2024 não registrou aumentos significativos, e grande parte da colheita já foi armazenada até outubro.
O México, que sofreu perdas na produção, não deverá ter capacidade suficiente para suprir a demanda interna no primeiro semestre de 2025. Nesse contexto, a África do Sul se destacou como grande importadora de feijão rajado neste ano, e o trabalho do adido agrícola naquele país visa oferecer informações mais detalhadas sobre a produção local, além de explorar maneiras de expandir os volumes exportados para lá.
Na China, os adidos agrícolas já iniciaram negociações que poderão abrir o mercado para o feijão brasileiro, um movimento estratégico que tem grande potencial para impulsionar as exportações nos próximos anos.
Para os produtores, é fundamental estar atento às tendências do mercado internacional e aos contratos de feijões rajados, vermelhos e Mungo-preto. Além disso, é recomendável testar novas variedades de feijão, como o Alubia e o Navy, que possuem boas perspectivas de mercado. Manter-se atualizado sobre as tendências globais e ajustar as estratégias de plantio e venda pode ser a chave para garantir vantagens competitivas no setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias