Publicado em: 19/09/2023 às 15:00hs
A busca para otimizar a utilização de insumos ou promover a sustentabilidade por meio do aumento de produtividade sem a expansão de áreas é uma realidade cada vez mais comum na produção agrícola sustentável e tecnológica. Na cultura da cana-de-açúcar, o controle de plantas daninhas é fundamental e deve ser feito de maneira integrada, conciliando diversas estratégias. A aplicação de herbicidas com o uso de drones pode melhorar a eficiência da aplicação, reduzindo a quantidade dos produtos e evitando desperdício, otimizando tempo, reduzindo custos, diminuindo a perda da lavoura e possibilitando ainda uma gestão dos dados e informações do canavial.
“O uso de herbicidas é uma necessidade para o bom manejo dos canaviais e, quando aliado à tecnologia, como uso de drones, se torna uma prática mais sustentável, e pode possibilitar uma economia de até 85% no uso herbicidas”, de acordo com Vinicius Boleta, gerente de Produto da ADAMA. Segundo o engenheiro agrônomo, isso acontece, pois há maior precisão na identificação dos focos de infestação já que, com o drone, é possível gerar imagens georreferenciadas das áreas e fazer as aplicações de maneira precisa, localizada, e não mais em área total.
É importante ressaltar que, em determinados períodos, o monitoramento de plantas daninhas ocorre quando a cultura já está bem desenvolvida, o que dificulta o monitoramento feito de forma convencional. Sendo assim, os drones são uma alternativa inteligente para realizar a identificação das daninhas.
Diante desse panorama, a ADAMA conta com a parceria da Baldan Connected em um projeto que têm como objetivo o manejo sustentável de plantas daninhas, com a utilização de drones para mapeamento e aplicação precisa de herbicidas. Esse processo tem auxiliado produtores de cana de diferentes regiões no controle de plantas daninhas de difícil controle, como mamona (Ricinus communis) e corda de viola (Merremia Cissoides). A iniciativa entrega mais inovação e sustentabilidade na aplicação dos herbicidas, além de auxiliar o agricultor a melhorar a produtividade e rentabilidade de sua lavoura.
A matocompetição, principalmente advinda de plantas infestantes de folhas largas, pode causar perdas significativas, com uma variação de 25 a 80%, caso não seja realizado o controle. Embora existam diversos problemas fitossanitários na cultura, a presença das plantas daninhas de difícil controle é um dos mais desafiadores, de acordo com Boleta. “O uso incorreto de herbicidas para controle das plantas daninhas está entre os fatores que comprometem o manejo na cana-de-açúcar. Quando há a combinação das condições favoráveis para o desenvolvimento dessas daninhas com a escolha e aplicação incorretas de herbicidas, as invasoras se adaptam, mudando consideravelmente o cenário de infestação safra após safra”, explica Boleta.
Além da aplicação mais sustentável com o uso de drones, a inovação em formulações de herbicidas é uma necessidade no manejo das folhas largas. A ADAMA lançou no mercado canavieiro uma solução diferenciada para o controle de invasoras, o Arreio Cana®, indicado para o controle em pós-emergência das principais folhas largas da cana, como corda-de-viola (Ipomoea purpurea e Merremia cissoides) e mamona (Ricinus communis). “O herbicida sistêmico e seletivo auxilia na manutenção de um canavial limpo, permitindo um bom desenvolvimento da cultura e facilitando a operação da colheita”, destaca Boleta.
A solução inovadora faz parte do programa de manejo Bom de Cana, que leva flexibilidade ao produtor e mais sustentabilidade ao manejo da cultura. Desde 2020, a ADAMA vem trabalhando com a campanha #BomDeCana, focando no desenvolvimento técnico e valorização de toda a cadeia sucroenergética. “Arreio Cana® veio somar no nosso portfólio, que já conta com produtos consagrados e que são responsáveis por apoiar a produtividade e rentabilidade das lavouras de cana”, finaliza Boleta.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e, na safra 2020/21, foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas destinados à produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Fonte: ADAMA
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