Cana de Açucar

Próxima safra de cana deve crescer até 12%

A região Centro-Sul deve processar entre 560 milhões e 580 milhões de toneladas de cana na safra 2013-14, segundo estimativa de Pedro Mizutani, vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen


Publicado em: 23/11/2012 às 15:00hs

Próxima safra de cana deve crescer até 12%

Se confirmado, o volume representará crescimento de 8% a 12% em relação à safra atual, que deve ficar em 520 milhões de toneladas.

A empresa deve seguir a mesma tendência e aumentar a moagem em 9%. Dos 55 milhões de toneladas previstos para a safra 2012-13, o processamento de cana deve chegar a até 60 milhões de toneladas na próxima.

Até 2016, a Raízen pretende moer 80 milhões de toneladas. O plano anterior era chegar a 100 milhões de toneladas de cana, mas foi revisto devido às incertezas no mercado brasileiro de álcool.

"Sem política pública definida para o etanol, não haverá investimento em novas usinas", diz Mizutani.

"Os benefícios que o etanol traz ao ambiente precisam ser reconhecidos no preço do combustível."

Esse reconhecimento, afirma ele, pode ser dado por meio de redução de impostos sobre o combustível ou maior tributação sobre a gasolina.

Neste momento, diz ele, o foco do setor sucroalcooleiro é melhorar a rentabilidade, por meio de corte de custos e aumento da produtividade.

Com capacidade para moer 65 milhões de toneladas, as usinas da Raízen estão com 10 milhões de toneladas em capacidade ociosa.

Para utilizar 100% de suas unidades industriais, a empresa está promovendo uma renovação mais rápida dos canaviais e investindo em tecnologia, com a utilização de novas variedades e melhorias no manejo das propriedades.

EFEITO CRISE

Além da campanha publicitária para incentivar o consumo de álcool no país, as usinas, por meio da Unica (associação do setor), devem voltar a investir na promoção do etanol no exterior.

"É preciso investir mais no etanol como combustível renovável no mundo", afirmou o executivo da Raízen, uma associação entre a anglo-holandesa Shell e a Cosan.

A crise econômica nos países desenvolvidos, segundo ele, mudou os planos de muitas nações sobre a participação dos combustíveis renováveis na matriz energética.

Fonte: Folha de S. Paulo

◄ Leia outras notícias