Publicado em: 16/07/2024 às 19:00hs
Na safra 2023-2024, as usinas das regiões Norte e Nordeste esmagaram 59,71 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. De acordo com dados compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a produção, encerrada em 30 de junho, foi 2,72% menor em comparação à safra 2022-2023, que registrou 61,38 milhões de toneladas.
Apesar da retração no volume total, Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, destaca pontos positivos verificados no ciclo 2023-2024, especialmente na produção de etanol hidratado e de açúcar, que aumentaram 7,23% e 3,19%, respectivamente. A NovaBio representa 35 usinas e destilarias de etanol em 11 estados brasileiros.
A fabricação de etanol hidratado, usado para abastecer veículos flex, atingiu 1,15 bilhão de litros, comparado a 1,07 bilhão de litros na safra passada. "No mesmo período, a produção de açúcar superou a marca de 3,46 milhões de toneladas, em comparação com 3,35 milhões de toneladas na safra anterior", ressalta Cunha.
No entanto, a produção de etanol anidro, misturado à gasolina, caiu 15,09%. Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), informa que até 30 de junho foram contabilizados 1,06 bilhão de litros, em comparação aos 1,25 bilhão de litros produzidos no período 2022-2023.
O executivo atribui essa queda à imprevisibilidade das políticas de precificação dos combustíveis. "A falta de regras estáveis prejudica a competitividade do etanol limpo em relação aos produtos de origem fóssil e mineral. É uma situação que precisa ser realinhada urgentemente", afirma Cunha.
Apesar da redução na produção de etanol anidro, o abastecimento no mercado interno não foi comprometido, conforme destaca a NovaBio. Somando a produção de etanol anidro e hidratado, as unidades do Norte e Nordeste fabricaram 2,21 bilhões de litros, comparados a 2,32 bilhões de litros na safra anterior.
Vale destacar que, nas últimas três quinzenas, os números da safra 2023-2024 não foram atualizados devido a um problema no sistema SAPCANA, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), responsável por consolidar os dados das unidades produtoras do Norte e Nordeste. Segundo a coordenação do SAPCANA, os dados já foram calculados e estão disponíveis no site do ministério.
Fonte: Portal do Agronegócio
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