O crescimento da mecanização foi rápido. Em 2006/2007, a automação atingia 41,9% da produção local. Na safra passada, chegou a 66,5%. E agora está perto dos 90% É mais do que a média do Estado de São Paulo: 72,6%.

Os dados da Secretaria de Meio Ambiente do Estado mostram que, em Araraquara, o crescimento da mecanização entre as safras 2006 e 2012 é de 114%. No Estado, o crescimento chega a 112%.

A safra 2006/2007 foi a última antes da assinatura do Protocolo Agroambiental. Pelo acordo feito entre o Governo do Estado, as usinas e produtores de cana, em 2007, o fim da queimada no campo deve acontecer até 2017.

O documento, que já conta com a adesão de mais de 90% dos produtores do Estado, prevê que, a partir do próximo, ano deve ser abolida a queima da cana em áreas mecanizáveis.

Ganho

Para o coordenador regional de comunicação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, a mecanização da colheita tem gerado grande ganho para o setor, tanto ambiental como econômico. “Hoje, as usinas já usam a palha da cana para geração de energia e, no futuro, será até para a produção de etanol de segunda geração”, explicou. Prado.

Antes, a palha também era queimada. Com isso, perdia-se a capacidade de produção de energia sustentável, a bioenergia, a partir da palha da cana-de-açúcar.

O resultado desse avanço é significativo

"A colheita da cana crua, sem as queimadas, traz resultados significativos. Além de maior eficácia para a produção da energia verde, contribui com o meio ambiente e com a saúde pública.

Esse crescimento rápido da colheita feita com máquinas, em Araraquara, tem três razões. A primeira é a grande concentração de produção de cana-de-açúcar em nossa região. Araraquara também manifestou-se fortemente contra as queimadas no Ministério Público.

Por fim, as usinas daqui são responsáveis por avanços tecnológicos que vão ao encontro do sucesso da mecanização." - José dos Reis Santos Filho, Secretário Municipal de Meio Ambiente