Publicado em: 05/03/2025 às 07:00hs
Produzir mais em menor espaço e fortalecer a resistência das culturas são desafios constantes do setor agrícola. Com essa missão, a empresa brasileira Krilltech, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa, desenvolveu um método inovador de engenharia de superfície aplicado a nanopartículas de carbono. O resultado foi o Krill-A32, uma tecnologia revolucionária que atua como um sinalizador fisiológico, otimizando os processos genéticos, energéticos e produtivos das plantas.
Natural, sustentável e atóxica, a inovação levou à criação do Carbon Dot 1, base para três produtos já disponíveis no mercado. “As plantas são como atletas de alto rendimento, que necessitam de estímulos naturais para alcançar seu máximo potencial. Nossa tecnologia foi desenvolvida justamente para fornecer esses estímulos, beneficiando diretamente o produtor rural”, explica Marcelo Rodrigues, sócio-fundador da Krilltech, pesquisador e professor da UnB.
O primeiro avanço dessa pesquisa foi o Arbolina, uma solução pioneira que aprimora a fotossíntese e a absorção de nutrientes, melhorando o desempenho fisiológico das plantas. Versátil e eficaz em diferentes culturas, o produto também proporcionou novos insights científicos, abrindo caminho para o desenvolvimento de outras aplicações baseadas nos Carbon Dots.
Entre as novas soluções está o KrillGrowth, que combina Carbon Dots 1 e 2 para estimular o crescimento radicular, aumentar o perfilhamento e melhorar o desenvolvimento estrutural das plantas. Testes com cana-de-açúcar demonstraram um aumento de até 29% na altura dos exemplares e de 6% no diâmetro dos colmos.
A Krilltech também expandiu sua atuação para o cultivo do algodão com o KrillBloom, que sinaliza processos fisiológicos primários e secundários por meio dos Carbon Dots 1 e 3. A tecnologia contribui para a retenção de maçãs e o aumento da produtividade do algodoeiro. Em propriedades onde o produto foi aplicado, observou-se um crescimento médio de 35 arrobas por hectare, conforme apontado pela consultoria Círculo Verde Pesquisas Agronômicas.
“Estudamos e aprimoramos esse método de síntese há mais de uma década. Com o conhecimento adquirido sobre a fisiologia e os mecanismos das plantas, conseguimos desenvolver alternativas eficientes para diferentes culturas”, destaca Marcelo Rodrigues.
A inovação da Krilltech reforça o potencial da nanotecnologia na agricultura, promovendo ganhos expressivos de produtividade com uma abordagem sustentável e alinhada às necessidades do campo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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