Publicado em: 15/05/2012 às 12:50hs
As chuvas interromperam a rotina da safra da cana-de-açúcar. Desde sábado (12), a maioria das 45 usinas e destilarias da região está sem condições de fazer a colheita da cana.
São Martinho, em Pradópolis; Santo Antonio e São Francisco, em Sertãozinho; Pedra, em Serrana; Buriti, em Buritizal e Ibirá, em Santa Rosa de Viterbo, estão entre as afetadas.
"Se chove, a usina não tem como funcionar", diz Sérgio Prado, representante regional da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa o setor.
Segundo ele, a interrupção da moagem não significa perdas para a safra. "Os serviços de meteorologia indicaram, no começo de abril, que o outono deste ano seria chuvoso, e como há menos cana disponível para a safra, será possível operar a indústria a plena carga para recuperar a produção", comenta.
A previsão da Unica é de uma moagem de arredondadas 510 milhões de toneladas na região Centro-Sul do país, responsável por 90% da safra nacional. Como as unidades têm condições de processar 600 milhões de toneladas, existe uma ociosidade de 70 milhões de toneladas. Por isso, comenta ele, haverá como moer a cana que está sem ser colhida por conta das chuvas.
Há um problema que, conforme ele, ainda não é possível de ser mensurado: as chuvas atuais geram perda de qualidade da cana, o que fará cair a produtividade industrial.
Ou seja, as chuvas eram bem-vindas até março, quando os canaviais estavam em fase de amadurecimento. A partir de abril, quando ficaram prontos para o corte, a chuva se tornou inimiga.
Fonte: A Cidade
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