Publicado em: 27/02/2012 às 13:00hs
Será destinado o montante de R$ 65 bilhões, em média, para renovação de plantações, ampliação de produção e desenvolvimento de novas cultivares.
Para o Estado não há um aporte específico. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estes valores serão definidos dependendo da demanda dos produtores. Os juros praticados, ainda segundo o Mapa, irão variar conforme a instituição financeira pela qual irá se contratar o recurso, que será disponibilizado pelo Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Contratação mato-grossense, entretanto, dependerá do mercado. Diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, explica que este plano vinha sendo debatido desde meados de 2011 e que tem um formato positivo para o setor. Porém, como destaca, para o Estado expandir a produção é preciso que haja demanda e viabilidade de contratação.
Um dos entraves para os produtores mato-grossenses comercializarem com outros países ou para as unidades da federação fora da região Centro-Oeste e Norte é o custo com logística. O frete para levar o etanol até Paulínia (SP), centro distribuidor de combustível do país, é de R$ 0,16 por litro, retirando a competitividade do produto diante de estados mais próximos. Segundo Jorge dos Santos, uma das possibilidades para ampliar a demanda seria o abastecimento do mercado de São Paulo e do Paraná, caso estes estados passem a exportar o combustível. “Antigamente Mato Grosso repunha o etanol nestes mercados, que voltavam sua produção para o exterior. Com a ampliação da capacidade dos demais estados, o produto daqui se tornou inviável”.
Entre as estratégias traçadas pelo governo federal, está a retomada da participação em 25% da gasolina com etanol anidro, que atualmente está reduzida em até 18%, devido à elevação do preço do etanol no último ano. Além disso, há a previsão de que a frota de carros que utilizam etanol seja entre 50% e 55%. Especificamente para a região Centro-Oeste serão destinados recursos da ordem de R$ 40 milhões para o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar, como uma resistente à seca. Outra linha de pesquisa será para o desenvolvimento de tecnologias para produção de etanol celulósico, para aproveitamento da biomassa da cana.
Fonte: A Gazeta
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