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Volatilidade do café em NY traz cautela e lentidão no Brasil

O mercado brasileiro de café tende a apresentar um ritmo comedido nos negócios nesta terça-feira


Publicado em: 13/09/2022 às 11:00hs

Volatilidade do café em NY traz cautela e lentidão no Brasil

Após a Bolsa de Nova York no arábica cair 1,6% no fechamento da segunda-feira para dezembro, até agora a ICE Futures tem moderadas perdas para o arábica. A bolsa já teve até aqui nesta manhã perdas mais expressivas, mas também teve momentos positivos. Assim, a volatilidade da bolsa tende a gerar muita cautela entre compradores e vendedores. O dólar em nova queda neste momento é outro fator negativo para os preços no Brasil.

Na segunda-feira (12), o mercado brasileiro de café teve um dia de preços mais baixos. A queda do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), com o dólar também em baixa, pressionou os valores no país. Segundo a SAFRAS Consultoria, o mercado esteve parado em termos de negócios.

O vendedor esteve na defensiva, o que limitou as baixas no país. Por outro lado, o comprador também não apareceu e derrubou suas bases de preços. A exceção foi o café rio, que esteve melhor sustentado.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 1.300,00 (compra) a R$ 1.350,00 (venda), ante R$ 1.310,00 (compra) a R$ 1.360,00 (venda) anteriormente. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 1.310,00/1.360,00 a saca, contra R$ 1.320,00/1.370,00 de sexta-feira.

Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 1.100,00/1.110,00, firme. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 740,00/750,00 a saca, no comparativo com R$ 745,00/755,00 anteriormente.

EXPORTAÇÕES DO BRASIL – CECAFÉ

  • Segundo o relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a receita com os embarques brasileiros do produto alcançou o recorde histórico de US$ 5,904 bilhões de janeiro ao fim de agosto deste ano, o que representa crescimento de 61,4% em relação aos US$ 3,659 bilhões registrados nos primeiros oito meses de 2021. Já o volume recuou 5,3% no intervalo, saindo de 26,7 milhões de sacas de 60 kg para os atuais 25,3 milhões de sacas até o fim do mês passado.
  • Esse resultado foi alcançado com a atualização das estatísticas até agosto, quando o país exportou 2,762 milhões de sacas, ou 2,5% a menos na comparação com o mesmo mês de 2021, e obteve uma receita cambial de US$ 655,3 milhões, o que significa um crescimento de 49,5% ante agosto do ano passado.
  • No acumulado dos dois primeiros meses do ano safra 2022/23, o desempenho é similar. O Brasil remeteu 5,278 milhões de sacas aos parceiros internacionais e teve o ingresso de US$ 1,250 bilhão, números que implicam queda de 8,1% em volume, mas incremento de 46,3% em receita frente ao desempenho no acumulado de julho a agosto de 2021.
  • De acordo com o presidente do Cecafé, Günter Hausler, o cenário registrado reflete um contexto de mercado observado ao longo dos últimos meses. A receita cambial recorde resulta dos bons níveis de preço praticados nos mercados interno e externo e da taxa de câmbio favorável, comenta.
  • Entre janeiro e o fim de agosto deste ano, o preço médio pago pelos cafés do Brasil exportados é de US$ 233,58 por saca, valor que corresponde a uma alta de 70,4% na comparação com os US$ 137,11 por saca aferidos no mesmo período de 2021.
  • Hausler completa que também pesa favoravelmente os esforços e a criatividade dos exportadores brasileiros de café. Mesmo diante de mais de dois anos convivendo com todos os gargalos logísticos conhecidos, eles seguem executando um trabalho exemplar, permitindo que o Brasil honre seus compromissos internacionais e mantenha sua participação de mercado, enaltece.

NOVA YORK

  • Os contratos com entrega em dezembro registram baixa de 0,06% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 224,60 centavos de dólar por libra-peso.
  • A posição dezembro/2022 fechou a sexta-feira a 224,75 centavos de dólar por libra-peso, queda de 3,75 centavos, ou de 1,6%.
  • CÂMBIO
  • O dólar comercial registra baixa de 0,27% a R$ 5,083. O Dollar Index registra baixa de 0,45% a 107,84 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

  • As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,05. Japão, +0,25%.
  • As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,85%. Londres, +0,43. Frankfurt, +0,91%.
  • O petróleo opera em alta. Agosto do WTI em NY: US$ 88,47 o barril (+0,78%).

AGENDA

    • OCDE: A organização publica o crescimento do PIB do G-20 no site da instituição.
    • Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
    • EUA: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho. A previsão é de estabilidade em base mensal e de crescimento de 8,5% no acumulado de 12 meses.
  • Quarta-feira (14/09)
    • Japão: A produção industrial de julho será publicada à 1h30 pelo ministério da Economia, Comércio e Indústria.
    • Reino Unido: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
    • Reino Unido: O índice de preços ao produtor de agosto será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
    • Eurozona: A produção industrial de julho será publicada às 6h pelo Eurostat.
    • EUA: O índice de preços ao produtor de agosto será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho. A previsão é de queda de 0,5%.
    • A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
  • Quinta-feira (15/09)
    • Eurozona: A balança comercial de julho será publicada às 6h pelo Eurostat.
    • O Banco Central divulga, às 9h, o IBC-Br referente a julho.
    • Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9hs.
    • Esmagamento de soja dos Estados Unidos em agosto – NOPA, 13h.
    • Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
    • Estoques de café dos Estados Unidos em agosto – GCA, 16h.
    • Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
  • Sexta-feira (16/09)
    • China: A produção industrial de agosto será publicada na noite anterior pelo departamento de Estatísticas
    • Eurozona:O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 6h pela Eurostat.
    • A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-10 referente a setembro.
    • Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
    • Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

Fonte: Agência Safras

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