Na quarta-feira (29/02), os Comitês Diretores de Planejamento Estratégico do Café – CDPE/Café e de Promoção e Marketing do Café – CDPM/Café se reuniram para discutir e aprovar proposta de aplicação das linhas de financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - FUNCAFÉ e planejar a proposta de um plano plurianual para a cafeicultura brasileira, que deverá ser apresentado para o Senhor Diretor do Departamento do Café – DCAF do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Dr. Edilson Alcântara, dentro do prazo máximo de 60 dias.

Para a implantação do plano plurianual, que tratará das gestões estratégicas e estruturais até o ano de 2015, o Diretor do Departamento irá condensar as propostas dos diversos segmentos da cadeia café, representados no Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, para discussão no âmbito do Ministério e, posteriormente, na Reunião Ordinária do Conselho.

As ações de promoção e marketing dos Cafés do Brasil também integraram a pauta do encontro. A esse respeito, ficou acertado que haverá política única, coordenada pelo Ministério da Agricultura, mas que será estruturada através das indicações encaminhadas pelos representantes da produção, da exportação e das indústrias de torrado e moído e de solúvel, já estruturando, inclusive, as campanhas que deverão ocorrer durante os grandes eventos internacionais que ocorrerão no Brasil nos próximos anos: Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016.

Merece destaque, na aplicação das linhas de financiamento do FUNCAFÉ, o Plano de Safra 2012/13, quanto à definição da alocação dos recursos do Fundo. Os representantes do Setor Privado e do Governo chegaram a um consenso sobre a distribuição dos R$ 2,733 bilhões disponíveis, que possibilitará o financiamento de um expressivo volume de café no mercado, evitando, desta forma, uma possível pressão de oferta no início da safra que se aproxima. Este volume deverá ser financiado por até 24 meses, como forma de neutralizar o efeito da safra alta e produzir uma ação anticíclica na oferta.

Os recursos disponíveis para estocar o café serão na ordem de R$ 2,250 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão são para pré-comercialização e R$ 500 milhões para custeio e colheita, que poderão, no vencimento, ser convertidos em estocagem, e R$ 250 milhões para o FAC.

Esse montante possibilitará uma melhor ordenação das vendas do produto ao longo dos próximos 24 meses, impedindo que ocorra uma pressão baixista em função do acúmulo de negociações num curto espaço de tempo e uma melhor distribuição da oferta dentro do ciclo bienal do café.

É válido salientar que essa foi à primeira reunião dos Comitês Diretores do CDPC após quase três anos e, em especial, a união e os pontos consensuais expostos por todos os segmentos privados. Essa interação, sem dúvida, é o que nos levará a uma política sustentável para a cafeicultura brasileira.

Atenciosamente,

Silas Brasileiro
^{Presidente Executivo
Conselho Nacional do Café}

Breno Mesquita
^{Presidente
Comissão Nacional do Café da CNA}