Café

Setor cafeeiro tem momento marcante em Minas Gerais

Oitava edição do Espaço Café Brasil, realizada no maior Estado produtor de café do País, recebeu mais de 12 mil visitantes nacionais e internacionais


Publicado em: 13/09/2013 às 14:30hs

Setor cafeeiro tem momento marcante em Minas Gerais

Realizado pela primeira vez em Minas Gerais, o Espaço Café Brasil, maior feira de café da América Latina, superou as expectativas, com mais de 12 mil visitantes em quatro dias de evento, o dobro com relação à edição do ano passado. Reunidos em uma dinâmica plataforma de negócios, no Expominas, produtores, expositores e consumidores transformaram Belo Horizonte na capital mundial do café, entre 9 e 12 de setembro.

Atração principal da Semana Internacional do Café, junto com a Reunião de 50 Anos da Organização Internacional do Café (OIC), a feira, criada em 2006, é hoje o mais completo evento do setor cafeeiro e reúne público nacional e internacional, entre produtores, cooperativas, indústrias, profissionais do mercado, representantes de equipamentos e produtos e apreciadores da bebida.

A escolha de Minas Gerais para sediar a feira não foi por acaso. O Estado é o maior produtor da café no Brasil, responsável por 51,4% da safra nacional.  De acordo com o diretor e organizador Caio Fontes, a oitava edição do espaço abrigou 110 expositores e 10 eventos paralelos. “Todas as regiões produtoras do Brasil marcaram presença. Recebemos mais de 50 caravanas. Os visitantes puderam conferir as principais novidades, tendências e soluções para o setor”, comemora.

Uma das principais fabricantes de máquinas agrícolas do mundo, incluindo colhedoras de café, a Case IH participou pela primeira vez como expositora e patrocinadora da feira e aprovou a experiência. “Ficamos surpresos com o resultado alcançado e a quantidade de pessoas presentes no local. Havia muitos produtores interessados em melhorar a qualidade do serviço. Fomos muito procurados por visitantes nacionais e internacionais por sermos o único fabricante multinacional de colhedora de café da feira”, diz o gerente de produto da empresa, Everton Sin.

Quem também participou pela primeira vez como expositora foi Nathalia Martins, proprietária da marca de café mineira Campos Altos. Satisfeita com o retorno, ela conta que fez contato com vários países, como China, Líbia, Alemanha, Rússia, Angola e Nicarágua. “É uma boa oportunidade para aumentar as exportações do produto”, ressalta, destacando a importância da comemoração dos 50 anos da OIC durante o evento, que reuniu representantes de 70 países.    

Além das exposições, o Espaço Café Brasil também agregou iniciativas de conteúdo e eventos especiais, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento e o conhecimento do setor, o que chamou a atenção da mídia nacional e internacional. Destaque na programação foram as competições nacionais de barista (especialistas em preparar bebidas com café) e provadores (cup tasters), que agitaram o público presente.

Também ocorreram 120 palestras e encontros de negócios. Vale ressaltar que os workshops e os seminários contaram com a participação de conceituados profissionais da área de diversos países, que apresentaram conteúdos relevantes sobre campo, certificação, torra, cafeterias, tendências e negócios.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), Elmiro Nascimento, a Semana Internacional do Café foi bem além das expectativas. “O número de expositores e visitantes, os negócios gerados e as medidas discutidas nas reuniões da OIC foram de extrema importância. Ficamos surpreendidos com a força do evento, que foi essencial para mostrar ao restante do País, e especialmente ao mundo, que Minas não é só o maior produtor, mas que também produzimos um café de excelente qualidade.”

Negócios

“Acreditamos que esta edição do Espaço Café Brasil em Minas Gerais tenha movimentado R$ 20 milhões em negócios na feira e R$ 30 milhões indiretamente”, conta o diretor Caio Fontes. Para o gerente de café verde da Nespresso, Guilherme Amado, os números são consequência, entre outras causas, da presença do Sebrae no evento. “Eles ajudaram a fomentar os negócios entre produtores e compradores”, analisa.

Segundo a gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae-MG, Priscilla Magalhães, as rodadas de negócios foram realizadas num formato não muito comum no país, o Direct Trade, que coloca compradores e vendedores em contato direto. “Foi um importante aprendizado”, avaliou, explicando que o produtor brasileiro não está acostumado a negociar dessa maneira. Ela ainda acredita que o evento foi um marco. “Minas contribuiu para o sucesso da feira pela grande presença de produtores, o que não ocorreu na mesma proporção em outras edições.”

Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) e membro da delegação brasileira na OIC, compartilha da mesma opinião. “A feira, realizada pela primeira vez fora de São Paulo, foi um sucesso absoluto. Minas Gerais foi o foco de todas as atenções do mundo da cafeicultura. O principal objetivo da Semana Internacional do Café era divulgar os cafés brasileiros e mineiros e aproveitar a comemoração dos 50 anos da OIC para mostrar as coisas excelentes que nós temos e nosso café de grande qualidade. Conseguimos atingir esse objetivo e superar as expectativas. Agora, esperamos a reação do mercado com as medidas que finalmente serão tomadas após a reunião da OIC.”

Fonte: Ideia Comunicação

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