Publicado em: 28/01/2025 às 11:00hs
Os mercados futuros de café em Nova York e Londres iniciaram a manhã desta terça-feira (28) com baixas moderadas, refletindo ajustes técnicos e movimentos de realização de lucros. De acordo com a agência Bloomberg, o fornecimento global de café tem sido prejudicado por safras fracas em importantes países produtores, como Brasil e Vietnã. A estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é de que os estoques finais globais na temporada 2024/25 alcancem seu menor nível em 25 anos.
No início do pregão, os contratos futuros do café arábica apresentavam as seguintes cotações:
No caso do café robusta:
Relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA aponta que, pelo quinto ano consecutivo, a safra brasileira de café não atingirá seu potencial. Em 2024, um longo período de seca comprometeu o pegamento das floradas, principalmente nas lavouras de arábica. A projeção para a safra 2025/26 é de 64,4 milhões de sacas, sendo 40,9 milhões de arábica e 23,5 milhões de robusta, o que representa uma queda de 3% em relação à safra 2024/25.
A Conab também divulgou hoje pela manhã a primeira estimativa da safra de 2025. A produção total de café beneficiado deve ser de 51,8 milhões de sacas, uma redução de 4,4% em comparação ao ciclo anterior. A produção de arábica está estimada em 34,7 milhões de sacas, o que representa uma queda expressiva de 12,4%. Em contrapartida, a produção de conilon deve crescer 17,2%, alcançando 17,1 milhões de sacas, impulsionada pelos bons resultados obtidos no Espírito Santo.
A combinação de estoques globais baixos e quedas significativas na produção em países-chave reforça a volatilidade do mercado cafeeiro. Analistas destacam que a situação climática no Brasil continuará sendo monitorada de perto, dada sua relevância para o equilíbrio entre oferta e demanda no cenário internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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