O dado faz parte de levantamento de Safras & Mercado, divulgado na sexta-feira passada. De acordo com os técnicos da empresa de consultoria em agronegócio, os trabalhos seguem bem atrasados em relação ao ano passado, quando, em igual período, 87% da safra 2011/12 estava comercializada. Em relação ao mês anterior, de janeiro de 2013, houve avanço de apenas 4 pontos percentuais nas negociações.

Com isso, já foram comercializadas 39,03 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de Safras & Mercado, de uma produção 2012/13 de café brasileira de 54,9 milhões de sacas.

Segundo o analista de Safras & Mercado Gil Barabach, as negociações seguem difíceis, com distanciamento e pouco diálogo entre as pontas compradora e vendedora. Ele indica que a oferta até aparece, mas de forma tímida, carecendo de um maior estímulo do lado do preço.

Por outro lado, Barabach comenta que a demanda segue da "mão-para-boca" e sem agressividade. "Enfim, o mercado não ganha ritmo. Os repiques de alta (nas cotações) continuam como ilhas para breves e comedidas negociações, mas os volumes são pequenos, ou seja, continua aquela picadeira", observa.

Vietnã - O diretor da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, vem dizendo que ainda é cedo demais para se estimar os prejuízos que o clima seco está trazendo para regiões produtoras do robusta no Vietnã.

A estiagem que atinge o planalto central do daquele país é uma ameaça sobre as regiões cafeeiras e tem garantido sustentação para as cotações internacionais do robusta.

Silva destacou que ainda não podem ser projetados os danos para a safra futura 2013/14 vietnamita. Mas, produtores esperam que a produção 2012/13, iniciada em outubro, tenha redução de 20% a 25% contra 2011/12 em função da falta de precipitações em parte daquele país.