Publicado em: 26/07/2013 às 10:40hs
"Choveu a noite inteira em áreas de café de São Paulo e Minas. Não teve nenhum registro de geada", disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar, lembrando que o clima úmido dificulta a formação do fenômeno.
Em um boletim divulgado na quarta-feira, o instituto havia alertado para uma "pequena chance de geada" no sul de Minas Gerais, principal região cafeeira do Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity.
A quinta-feira amanheceu chuvosa e com temperaturas acima de oito graus no sul de Minas, segundo a Somar.
Já no Paraná, onde foram registradas geadas generalizadas na última madrugada, houve novamente registro de condições para formação do fenômeno em diversas regiões.
É o terceiro dia seguido de frio muito intenso sobre as lavouras paranaenses.
O Paraná lidera a produção de trigo no Brasil, e cerca de metade de suas lavouras estão em fase vulnerável ao frio intenso. O Estado também é o quinto maior produtor de café do Brasil.
"Pegou todas as áreas do Paraná, as mesmas áreas de quarta-feira (...) Como a massa de ar polar está enfraquecendo, os danos devem ter sido bem menores do que na quarta-feira (24)", disse Santos.
CANA EM MATO GROSSO DO SUL
A região de produção de cana em Rio Brilhante, no sul de Mato Grosso do Sul, registrou temperatura de 2,2 graus negativos durante a madrugada, informou a Somar.
"Foi a cidade com menor temperatura em todo o Estado do Mato Grosso do Sul", disse o meteorologista Celso Oliveira.
Ele afirmou que a massa de ar polar conseguiu se intensificar no noroeste do Paraná, oeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, onde o frio chegou a ser mais forte nesta quinta do que na madrugada anterior.
"Com essa temperatura é preocupante", disse Oliveira, referindo-se a Rio Brilhante, ressaltando que é muito cedo para fazer qualquer avaliação de prejuízos às lavouras.
Fonte: Reuters
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