Publicado em: 06/12/2024 às 19:20hs
O mercado internacional de café vivenciou uma semana marcada por ampla volatilidade, com as cotações na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica, referência para a comercialização, registrando uma correção para baixo após atingirem os níveis mais altos em 47 anos. No entanto, os preços voltaram a subir com força, mantendo ganhos também nesta sexta-feira (6/12).
A correção observada foi considerada técnica, resultado de um mercado sobrecomprado, mas os fundamentos que sustentam o preço do grão não mudaram. As incertezas persistem principalmente em relação à safra brasileira de café de 2025, que sofre com o impacto da seca prolongada até outubro de 2024 e das altas temperaturas. Este fator continua a dar suporte às cotações globais, o que justifica a recuperação dos preços após os ajustes realizados na semana anterior.
Após uma forte queda, especialmente na segunda-feira (2/12), o mercado de café reagiu positivamente a partir de quarta-feira (4/12), seguindo a tendência de valorização também observada nesta quinta-feira e sexta-feira. No Brasil, os preços para os arábicas de melhor qualidade voltaram a superar facilmente a marca de R$ 2.000,00 por saca, acompanhando a alta nas bolsas internacionais. Os produtores aproveitaram o momento para realizar vendas, embora de forma pontual, diante das cotações mais elevadas.
As exportações de café em grão (verde) dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 11,13 milhões de sacas de 60 quilos em outubro, primeiro mês da safra mundial 2024/25. Esse número representa um aumento de 15% em relação às 9,67 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2023.
De acordo com a OIC, as exportações de café arábica somaram 85,67 milhões de sacas no período de 12 meses até outubro, contra 73,8 milhões no ano anterior. Já os embarques de robusta totalizaram 53,6 milhões de sacas, frente a 49,37 milhões no mesmo período de 2023.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias