Publicado em: 31/01/2025 às 19:40hs
O mercado de café iniciou o ano de 2025 com intensas flutuações, registrando máximas históricas nos preços internacionais. A escassez de oferta no Brasil, maior produtor mundial de café, juntamente com as ameaças dos Estados Unidos de aplicar tarifas sobre as exportações da Colômbia, outro grande produtor sul-americano, contribuíram para a disparada dos preços. Além disso, a valorização do real frente ao dólar, após a acentuada depreciação no final de 2024, também ajudou a sustentar os valores do grão durante o mês de janeiro.
No fechamento do mês, sem contar o pregão da última sexta-feira (31), o contrato de março na Bolsa de Nova York registrou uma alta de 16,7%, saltando de 319,75 centavos de dólar por libra-peso no final de dezembro para 373,40 centavos em 30 de janeiro. Em Londres, o café robusta apresentou uma valorização ainda mais expressiva, com alta de 17,6% no mesmo período.
Com esses aumentos, os futuros do café arábica alcançam novas máximas históricas, próximos à marca de 400 centavos, refletindo a persistente escassez de oferta e as perspectivas desfavoráveis para as safras deste ano. O mercado segue pressionado pelas apostas dos especuladores, que indicam a possibilidade de novas elevações nos preços dos contratos futuros.
A principal causa dessa pressão é a produção insuficiente no Brasil, que responde por quase metade da produção mundial de café arábica. A severa seca enfrentada pelo país no ano passado afetou as estimativas para a safra deste ano, gerando incertezas no mercado. Embora as chuvas recentes tenham renovado algumas esperanças de que a situação não seja tão grave quanto o previsto, as previsões meteorológicas mais recentes indicam novas preocupações. A falta de chuvas em algumas regiões do Brasil e o prognóstico de períodos prolongados de seca e temperaturas elevadas nas principais áreas produtoras de café acentuam os receios dos participantes do mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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