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Mecanização é o foco do Dia de Campo de Café da Cocari

Mais de 600 pessoas participaram do Dia de Campo de Café da Cocari, realizado nesta quarta-feira (24), no Centro Tecnológico, em Mandaguari


Publicado em: 26/04/2013 às 12:40hs

Mecanização é o foco do Dia de Campo de Café da Cocari

O foco desta edição foi a mecanização da lavoura, em virtude da queda no preço de café e da escassez de mão- de- obra, que acaba tendo alto custo, chegando a representar, em alguns casos, em torno de 60% da produção.

De cafeicultor para cafeicultor

O presidente Vilmar Sebold destacou a tradicionalidade do evento para os cafeicultores da área de ação da Cocari, e salientou a preocupação com o setor, justificando o foco do evento. “Esse é um dia de campo diferenciado. Claro que existe uma preocupação neste momento com o mercado e a queda sistemática de preço que vem ocorrendo, principalmente devido a especulações financeiras, mas o nosso empenho e desafio para este dia de campo é mostrar o potencial do café, com os diversos tratos culturais apresentados pela nossa equipe técnica. Temos também as palestras técnicas e optamos ainda por fazer demonstrações. Trouxemos duas máquinas para fazer o processo de varrição e catação automática do café. Como os produtores, de forma geral enfrentam dificuldade com mão-de-obra, apresentamos um processo de automação, com máquinas simples, desenvolvidas por cafeicultores para os cafeicultores”, disse Sebold, anunciando que a Cocari firmou uma parceria com a cooperativa Cooparaíso, de Minas Gerais, que trouxe as citadas máquinas, com aceitação muito boa pelos cafeicultores daquele estado, para mostrar, na prática, aos participantes do Dia de Campo de Café da Cocari, que a mecanização é viável.

Empresário da terra

O período da manhã foi dedicado às palestras. A primeira foi do palestrante João Carlos de Oliveira que, de maneira descontraída, levou os produtores à reflexão, fazendo-os entender a importância de buscarem conhecimento, e diante das dificuldades, buscar alternativas e se manter confiantes. E acima de tudo, se valorizarem e se perceberem como empresários. “Agricultor é um empresário da terra e o mundo depende deles”, enfatizou o palestrante.

Beneficiamento como prestação de serviço

O gerente do Setor de Café da Cocari, José Perassoli Sobrinho anunciou que a cooperativa, além de fazer beneficiamento como atividade interna, também faz isso como prestação de serviço aos cooperados. “O associado poderá trazer o café em coco, e a Cocari fará o beneficiamento para ele, mediante pagamento de uma taxa. O café será beneficiado e continuará sendo do cooperado”, esclareceu Perassoli. “Essa é uma forma de agregar valor ao café do produtor, que poderá obter melhor preço pelo produto”, destacou.

Paraná é muito apto à mecanização

A segunda palestra do dia foi com pesquisador da Área de Solos do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Cezar Francisco Araújo Junior, que apresentou resultados de um estudo realizado em todo o Paraná, revelando que o Estado é muito apto à mecanização e que existe tecnologia disponível. “O maior benefício que o produtor pode ter é a redução de custo com a utilização de máquinas. E as características do solo, o relevo do Estado do Paraná propiciam a mecanização, é extremamente apto ao tráfego de máquinas”, disse o pesquisador.

 Irrigação 

Visando o aumento da produtividade, foi demonstrado o sistema de irrigação, implantado no Centro Tecnológico, apontado pelo engenheiro Agrônomo do setor de Café da Cocari, Roberval Simões Rodrigues, como uma solução. “A irrigação é uma das saídas para que o produtor tenha produtividade bem maior, comparado ao sistema tradicional de sequeiro. A preocupação da cooperativa é grande em relação a isso. Para aumentar a produtividade tem de mecanizar. É uma questão de sobrevivência da atividade”, afirma o agrônomo.

 Máquinas funcionando 

No final da tarde, os produtores puderam ver em funcionamento as máquinas vindas de Minas Gerais e também uma colheitadeira adquirida em 2012 pela família Rosseto, cooperados da Cocari em Mandaguari - Pr. Ambas conferem importante redução de tempo no processo de colheita do café, diminuem a necessidade de mão-de-obra e, consequentemente, reduzem custos de produção.

Os cooperados aprovaram o modelo adotado para exposição das técnicas de manejo e das tecnologias disponíveis no mercado para a cultura de café.

Fonte: Imprensa Cocari

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