Publicado em: 13/01/2025 às 12:40hs
O mercado internacional de café iniciou o ano com ajustes nas Bolsas de Nova York, para o arábica, e em Londres, para o robusta. Até o dia 9 de janeiro, as cotações apresentaram declínios, reflexo de ajustes técnicos e reposicionamento das carteiras dos fundos de investimento. O café, que registrou altos significativos em 2024 – com preços em Nova York subindo cerca de 80% e em Londres superando 100% – tem experimentado uma realização de lucros, o que tem impactado as bolsas.
Além disso, o mercado continua oscilando em função de variáveis financeiras, como as flutuações do dólar, do petróleo e das bolsas de valores. No âmbito fundamental, persiste a preocupação com a oferta, já que a safra brasileira de 2025 pode ser comprometida devido aos longos períodos de seca e altas temperaturas em 2024. A atenção segue voltada para o clima e as condições das lavouras no país.
No mercado físico brasileiro, o início do ano foi marcado por um ritmo lento nas negociações de café. Embora tenha ocorrido alguma movimentação pontual, com compradores mais ativos no dia 9 de janeiro, o produtor continua a dosar a oferta e a buscar cotações mais elevadas. No entanto, as cotações também recuaram, acompanhando a tendência das bolsas internacionais e da desvalorização do dólar até aquele momento (na sexta-feira, 10, houve uma reação nos preços).
Entre os dias 2 e 9 de janeiro, os preços do arábica de boa qualidade no sul de Minas Gerais recuaram de R$ 2.270,00 para R$ 2.250,00 a saca (-0,9%). Já o preço do conilon tipo 7, em Vitória (ES), caiu de R$ 1.885,00 para R$ 1.865,00 a saca, representando uma queda de 1,1%.
As exportações brasileiras de café em grão registraram um total de 3.365.133 sacas de 60 quilos em dezembro de 2024, com uma média diária de 160.245 sacas. A receita alcançou US$ 1,003 bilhão, o que corresponde a uma média diária de US$ 47,792 milhões, com preço médio de US$ 298,24 por saca.
Esse desempenho representou um aumento de 29,4% na receita média diária em comparação com dezembro de 2023, que foi de US$ 38,783 milhões. No entanto, o volume exportado foi 17,1% inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, que totalizou 202.967 sacas diárias. O preço médio de venda foi 56,1% superior ao de dezembro de 2023, refletindo uma valorização das exportações de café brasileiro.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias