Publicado em: 03/10/2024 às 10:52hs
O mercado cafeeiro iniciou a sessão desta quinta-feira (03) com preços mistos nas bolsas internacionais, em meio à expectativa de chuvas para as regiões produtoras do Brasil e à possibilidade de adiamento da Lei Antidesmatamento na União Europeia. De acordo com o Escritório Carvalhaes, o clima severo que tem afetado os cafezais brasileiros, com uma prolongada seca e temperaturas elevadas durante o inverno, tem causado oscilações significativas nas cotações do café tanto em Nova York quanto em Londres.
Outro fator que tem influenciado o mercado é a perspectiva de adiamento da Lei Antidesmatamento da União Europeia. Segundo o portal Barchart, tal adiamento permitiria que estoques certificados de café armazenados na Europa fossem utilizados para atender contratos, o que aliviaria as preocupações sobre uma possível descertificação do produto e limitação dos estoques existentes.
No café robusta, o contrato de novembro/24 registrava, às 8h50 (horário de Brasília), uma queda de US$ 4, sendo negociado a US$ 5.107 por tonelada. Já o contrato de janeiro/25 subiu US$ 16, alcançando US$ 4.878 por tonelada, enquanto o de março/25 teve uma alta de US$ 43, sendo cotado a US$ 4.694 por tonelada.
No mercado de café arábica, o contrato de dezembro/24 registrou queda de 30 pontos, sendo negociado a 256,20 cents por libra-peso. O contrato de março/25, por sua vez, subiu 20 pontos, alcançando 254,95 cents por libra-peso, enquanto o de maio/25 teve alta de 30 pontos, sendo cotado a 253,10 cents por libra-peso.
Nos últimos dias, algumas áreas produtoras de café robusta no Brasil receberam chuvas moderadas, o que ajudou a mitigar os efeitos da seca durante o crucial período de floração das lavouras. No entanto, de acordo com relatos recebidos pelo portal Notícias Agrícolas, os produtores de café arábica ainda enfrentam grandes dificuldades devido à persistente crise hídrica. A preocupação no setor é grande, já que o prolongado período de estiagem pode ter comprometido o potencial produtivo das plantações. Há a expectativa de que chuvas cheguem a essas regiões nos próximos 10 dias, o que pode aliviar a situação.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias