Café

Illycafé financia estudo que indica que Fertilizante usado na cafeicultura provoca poluição

Estudo da USP mostra que cerca de 75% das emissões de gases vêm do adubo artificial


Publicado em: 22/06/2012 às 07:55hs

Illycafé financia estudo que indica que Fertilizante usado na cafeicultura provoca poluição

O uso de fertilizantes hidrogenados é o maior responsável pela poluição da atmosfera nas plantações de café de Minas Gerais. Entre 60% e 75% das emissões de gases causadores do esfeito estufa na cafeicultura mineira vêm do adubo artificial. O número é resultado de pesquisa parcial realizada pela Universidade de São Paulo (USP) na região durante as safras de 2009/2010 e 2010/2011, em parceria com as empresas Illycaffè e Delta CO2.

O objetivo do estudo, apresentado na Rio+20, é organizar um inventário das emissões de gases da produção de café no Brasil. Para Andrea Illy, presidente da Illycaffè, plantações mais mecanizadas também podem contribuir para uma cafeicultura mais sustentável no país no futuro. A companhia italiana assinou, em evento da Rio+20, protocolo de intenções com a Embrapa para troca de conhecimento e iniciativas no setor.

Segundo Carlos Clemente Cerri, coordenador da pesquisa da USP, os resultados ainda são modestos, já que apenas três proprie dades em Minas Gerais serviram de base para o levantamento. O estado mineiro produz 68% de todo café comercializado no país. Em contato com o solo, o fertilizante hidrogenado sofre reação química que emite o óxido nitroso (N2O), gás 290 vezes mais poluente que o gás carbono (CO2).

Além dos diferentes fertilizantes, a segunda maior fonte de gases nas fazendas produtoras de café, aponta o estudo, é a queima de diesel (25%), seguida da aplicação de calcário nas plantações. “Essas medições são um processo novo. Ainda temos que saber que tipo de fertilizante cada agricultor usa por hectare”, afirma Cerri.

Durante exibição na Rio+20, Cerri relata que ouviu sugestões de novas pesquisas. “Primeiro faremos um diagnóstico mais correto, depois propomos ações para redução das emissões”. Inédito na agricultura brasileira, o projeto continuará no ano que vem.

Fonte: Brasil Economico

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