Café

Guima Café adota policultivo para cafés especiais e sustentáveis

Práticas agrícolas inovadoras ajudam a conservar o solo, a água e a biodiversidade


Publicado em: 13/05/2024 às 14:00hs

Guima Café adota policultivo para cafés especiais e sustentáveis

Na Fazenda São Mateus, no Alto Paranaíba (MG), a Guima Café está adotando práticas inovadoras para produzir cafés especiais com o mínimo impacto ambiental. A empresa utiliza policultivo e mix de cobertura para manter o solo nutrido, reduzir as temperaturas e promover a biodiversidade, tudo isso alinhado com o conceito de carbono zero. Essas estratégias contribuem para a conservação do solo e dos recursos hídricos, além de melhorar a qualidade das matas ao redor da fazenda.

Segundo Ricardo Vitor de Oliveira, técnico agrícola da Guima Café, o policultivo traz vários benefícios para a produção cafeeira. “Quando temos mais de uma espécie sendo cultivada comercialmente junto ao café, conseguimos reduzir as temperaturas na área plantada, aumentar a ciclagem de nutrientes, incrementar a matéria orgânica e até sequestrar carbono”, explica Oliveira. “O ambiente se torna favorável para insetos polinizadores e também para o controle biológico de pragas, o que vai ao encontro do conceito de agricultura regenerativa defendido pela Guima Café.”

A transição para cafés especiais começou há 15 anos, com foco em sustentabilidade e práticas agrícolas mais ecológicas. Desde então, a Guima Café busca técnicas para regenerar o solo, a água e o ar, além de reduzir as emissões de carbono. “Em 2007, decidimos produzir café especial e começamos a implementar boas práticas agrícolas nas lavouras sem descartar a tradição”, conta Oliveira. "Queremos uma cafeicultura carbono zero, com processos que respeitam o solo e aprimoram a gestão dos recursos hídricos, além de valorizar o capital humano das fazendas."

Uma das práticas adotadas pela Guima Café é o uso de plantas de cobertura entre as fileiras de café. O mix inclui culturas como abacate e cedro australiano, além de outras plantas que, após roçadas, fornecem biomassa para adubação verde. Desde 2017, a fazenda planta seringueiras entrelinhas com café, e a adoção do mix de cobertura começou em 2010. “Temos braquiária em todas as áreas para manter o solo coberto o ano todo e o mix de cobertura em 50% da área do café. Com isso, notamos uma melhor capacidade de retenção de água e a presença de bioindicadores como minhocas, formigas e fungos, sinais de solo saudável”, afirma Oliveira.

A Guima Café também usa bioinsumos, como inseticidas, fungicidas, acaricidas e nematicidas biológicos, além de fixadores de nutrientes. A equipe técnica trabalha com empresas parceiras para desenvolver novas técnicas e soluções sustentáveis para manter o alto nível de qualidade nas lavouras.

Para Ricardo Vitor de Oliveira, a busca por cafés especiais é uma missão que envolve toda a equipe. "As pessoas que trabalham na produção têm importância fundamental por sua dedicação e compromisso. Para produzir algo especial, todos envolvidos no processo também precisam ser especiais. Todos nós precisamos nos regenerar e evoluir constantemente", conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias