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EXPOCAFÉ 2012: Políticas para o fortalecimento da cafeicultura, novo código florestal e exportação marcam o segundo dia da feira

As propostas do poder legislativo para apoio à cafeicultura e desenvolvimento das atividades agrícolas foram os assuntos abordados durante a Audiência Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta quinta-feira na EXPOCAFÉ 2012, em Três Pontas (MG)


Publicado em: 22/06/2012 às 10:50hs

EXPOCAFÉ 2012: Políticas para o fortalecimento da cafeicultura, novo código florestal e exportação marcam o segundo dia da feira

A Audiência teve a participação do relator do novo Código Florestal brasileiro, o deputado federal Paulo Piau, que ministrou a palestra “O novo código florestal e seus impactos na cafeicultura”. Ele afirmou que em três meses o projeto já estará concluído. O novo Código vigora por meio de uma medida provisória que tem mais um mês de vigência e poderá ser prorrogada por mais um mês. Então, em no máximo três meses teremos finalmente o nosso novo Código Florestal. Não acredito que o texto final vá mudar muito, terá apenas algumas correções”.

Para ilustrar que países desenvolvidos não cuidam de suas áreas de preservação permanentes (APPs), Paulo Piau mostrou fotos sobre dos Estados Unidos e de países europeus que mantêm suas agriculturas nas beiras dos rios, sem a reserva protetiva dessas áreas.

O presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG, Antônio Carlos Arantes, falou sobre o Fundo Estadual do Café, em tramitação na Assembleia e que, segundo o relator do Fundo, o deputado Ulisses Gomes, também presente na Audiência Pública, passará a vigorar em 15 dias. “O Governo de Minas vai destinar até 2014 R$100 milhões para este Fundo, sendo R$ 40 milhões já neste ano”, disse o presidente da Comissão.

Antônio Carlos Arantes destacou também a queda no preço do café. “A situação demonstra a falta de uma política que garanta o preço do café. Estamos discutindo com o

Governo Federal e também com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) propostas para solucionar este gargalo. Precisamos da intervenção do governo para que a oscilação não seja tão grande”, afirmou.

Também participaram da Audiência os deputados estaduais Dalmo Ribeiro e Dilzon Melo, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, os presidentes da EPAMIG, Antônio Lima Bandeira, da Emater-MG, Marcelo Lana Franco, e representantes de cooperativas e sindicatos da região Sul de Minas. Ao final da Audiência o debate foi aberto à participação do público.

Exportação

As oportunidades de exportação foram apresentadas pelo diretor da Central Exportaminas, Ivan Barbosa Netto, durante a palestra “O mercado externo ao alcance do produtor mineiro”, realizada também nesta quinta. A Exportaminas é uma unidade da Coordenadoria de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.

Netto apresentou as áreas de atuação da Central e experiências em feiras nacionais e internacionais. De acordo o Ivan, o produtor deve aproveitar o momento de grandes eventos internacionais como Copa do Mundo, Olimpíadas, dentre outros para fortalecerem suas marcas e investirem em marketing. O palestrante falou ainda sobre a potencialidade do mercado chinês. “A China despertou-se para o café. Os supermercados chineses têm dado visibilidade para as áreas internas de exposição do café”, afirma. Segundo Ivan é possível encontrar embalagens de café maiores, como de cinco quilos, dentre outros artigos nos supermercados chineses.

Para o cafeicultor André Sanches Neto, que há oito meses exporta grão verde de café, o mercado externo foi a grande oportunidade de crescimento dos negócios familiares. “Somos os maiores produtores de café de Poços de Caldas e buscamos após pesquisas e análises inserir nosso café no mercado internacional de café gourmet”, conta.

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e Agência Brasileira de Promoção, Exportação e Investimentos (Apex) também apresentaram exigências do mercado externo e cases de sucesso, durante o Seminário “Exportar é Inovar”. Na ocasião foi assinado o Convênio do Projeto Brazilian Specialty and Sustainable Coffees, entre a BSCA e Apex, que tem por objetivo reforçar a imagem de qualidade dos cafés brasileiros em todo o mundo e evidenciar a produção com responsabilidade ambiental e social realizada no Brasil. Neste Seminário também foram apresentadas oportunidades na China para os exportadores brasileiros de bebidas quentes. Para o cafeicultor Adolfo Ferreira, que tem propriedade em Monte Belo, no Sul de Minas, alcançar o mercado internacional é realidade desde 1998. Adolfo exporta grão verde para Alemanha, Itália, Japão, Coréia, Estados Unidos. “A China é agora nossa meta e estamos trabalhando para que isso aconteça”, afirma.

Novidades

Na 15ª edição desta que é a maior feira nacional do agronegócio café diversas empresas trouxeram novidades para atrair produtores e empresários. Além de máquinas e equipamentos alguns expositores também oferecem serviços como treinamento. A Brudden ofereceu treinamento gratuito para operadores de derriçadoras de café. Os cursos abordam os temas: manutenção preventiva e corretiva de derriçadores de café e de motores dois tempos; utilização do derriçador de café; importância da colheita mecanizada nas lavouras cafeeiras.

Sistema de manejo que pode gerar um aumento de 10% na produtividade foi apresentado pela BASF com proposta de manejo integrado do Sistema AgCelence Café. De acordo com o gerente de cultivo café da BASF, Daniel Vieira, a eficácia desse sistema foi comprovada por estudos realizados em mais de 60 áreas. “Além de auxiliar no aumento da produção, a aplicação seqüencial dos três fungicidas contribui para melhorar a qualidade do grão e consequentemente da bebida”, disse.

Fonte: Sala de Imprensa Expocafé

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