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Embrapa e Organizações Estaduais de Pesquisa incrementam o desenvolvimento da cafeicultura no Brasil

O Brasil é o maior produtor e exportador de café mundo. A estimativa de produção da Conab para a safra 2012 indica que o País deverá colher 50,45 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado


Publicado em: 28/08/2012 às 07:10hs

Embrapa e Organizações Estaduais de Pesquisa incrementam o desenvolvimento da cafeicultura no Brasil

No cenário da cafeicultura, as pesquisas do Consórcio Pesquisa Café, ao longo de seus 15 anos, contribuem significativamente para esse crescimento sustentável. O Consórcio reúne diversas instituições parceiras que atuam no desenvolvimento sustentável do agronegócio café, como as Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas), criadas com o objetivo de atender às demandas específicas de cada estado, apresentando produtos e soluções para os agricultores de cada região e desenvolvendo projetos ajustados à realidade local.
 
Entre as 18 Oepas do Brasil, seis integram o Consórcio: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
 
Contribuição científica – As Oepas atuam em 26 projetos de pesquisa e 113 planos de ação na programação de pesquisa do Consórcio, em parcerias que geram conhecimentos, tecnologias e, destacadamente, contribuem com a transferência destas para o produtor. “As Oepas realizam pesquisas voltadas para a cafeicultura, seja na obtenção de novas cultivares resistentes a pragas e doenças, no estudo de solo e ambiente ou, até mesmo, no envolvimento com o agronegócio, apoiando na etapa da venda do produto”, explica o diretor-presidente do Incaper e presidente do Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa), Evair Vieira de Melo. Essas Organizações realizam hoje mais de dois mil projetos de pesquisa e inovação tecnológica e mantêm mais de 11 mil funcionários, 230 laboratórios, 250 Estações e Fazendas Experimentais, tudo isso colocado à disposição da agricultura brasileira. “O foco das Oepas é a transferência de tecnologia e estamos conseguindo melhorar isto cada vez mais”, observa Evair.
 
Oepas na cafeicultura – Cinco das seis Oepas que integram o Consórcio atuam nos maiores estados produtores de café do País: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Paraná. Saiba mais sobre como cada uma contribui com a pesquisa cafeeira em seu estado.
 
Epamig – A cafeicultura é uma das linhas de pesquisa da Empresa, que representa o maior produtor de café do Brasil: Minas Gerais, com uma safra de 26,6 milhões em 2012. A Epamig atua em diversos programas de pesquisa do Consórcio, além de manter parcerias com outras instituições de apoio à pesquisa cafeeira. Destacam-se entre as pesquisas do Consórcio: melhoramento genético de Coffea arabica e Coffea canephora, manejo e tratos culturais, manejo integrado de pragas e doenças, colheitas e pós-colheita de café, socioeconomia, cafeicultura orgânica, Banco de Germoplasma de café, dentre outras. A Epamig também possui fazendas experimentais exclusivas para pesquisa e transferência de tecnologia do café.
 
Incaper – O Instituto tem mais de 25 anos de pesquisa com café conilon no Espírito Santo, por isso mesmo ocupando a posição de maior produtor de conilon do Brasil, com uma produção de 9,3 milhões de sacas em 2012. Contabilizando o café arábica, o Espírito Santo torna-se o segundo maior produtor de café do País, com safra estimada em 12,2 milhões este ano. Produtividade e qualidade são fatores que seguem juntos entre os objetivos das pesquisas do Incaper. Entre os projetos citam-se: a Poda Programada do Conilon, o Programa de Melhoramento Genético, incluindo o Banco de Germoplasma de café, o sombreamento de café conilon no Espírito Santo, entre diversas outras pesquisas.
 
Apta – A Agência localizada em São Paulo atua com projetos de pesquisa no estado que é o terceiro maior produtor cafeeiro do Brasil. A safra estimada é de 5 milhões de sacas beneficiadas. A Apta é instituição parceira do Consórcio Pesquisa Café, desenvolvendo planos de ação em parceria com outras instituições consorciadas. Atualmente participa de 75 projetos de pesquisa em andamento no estado.
 
EBDA – O Programa Café da EBDA desenvolve ações com os cafés da Bahia, trabalhando a qualidade e o potencial de exportação do produto. Nesse sentido a profissionalização dos produtores também é vista como meta das ações. O estado, quarto maior produtor de café do Brasil com 2,16 milhões de sacas em 2012, tem uma cafeicultura distribuída pelas regiões Oeste, Sul e no Planalto da Conquista. A EBDA é uma das fundadoras do Consórcio Pesquisa Café.
 
Iapar – O Paraná é o quinto maior produtor de café do Brasil, a previsão nesta safra é de 1,8 milhões de sacas. No estado, o Iapar, instituição fundadora do Consórcio, tem forte atuação na cafeicultura por meio das ações do Programa Café, direcionadas para: aumento da produtividade da cafeicultura, melhoria da qualidade do produto e da bebida, promoção da diversificação das atividades agrícolas nas propriedades, redução de custos de produção, insumos e energia; aumento da eficiência da mão-de-obra e infraestrutura disponível e preservação do meio ambiente. O Alerta Geada, que dispara mensagens de aviso de geada para cafeicultores, a obtenção da cultivar IPR 98, produtiva e resistente à ferrugem, o manejo da adubação verde e o adensamento das lavouras são exemplos de pesquisas desenvolvidas. O Programa Café tem quarenta projetos em andamento.
 
Pesagro-Rio
– As pesquisas cafeeiras da Pesagro iniciaram em 1997, quando a Empresa fundou, com outras nove instituições, o Consórcio Pesquisa Café. A Pesagro atua na cafeicultura do Rio de Janeiro, nono maior produtor do País, com uma safra de 260 mil sacas prevista para este ano. Como a cafeicultura fluminense passou por acentuada redução da área de plantio nos últimos anos, os trabalhos de pesquisa se concentraram em tecnologias que, em curto prazo, pudessem elevar a produtividade. Entre as linhas de pesquisa estão: fertilidade do solo e nutrição de plantas, sistema adensado de plantio do café, que constitui a principal alternativa para a modernização da cafeicultura fluminense, e a irrigação por gotejamento em café conilon no Norte Fluminense tem obtido resultados positivos em produtividade.

Veja a programação de pesquisa de café do Consórcio.
 
Consepa – Criado em 1993, o Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária surgiu da necessidade das Oepas buscarem apoio do Governo Federal, em seus mais diversos órgãos, e da necessidade de valorização do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).  O Consepa é responsável pelo fortalecimento institucional dessas Organizações e, ao lado das pesquisas realizadas pela a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelas universidades, é considerado a retaguarda do desenvolvimento do agronegócio brasileiro. “Investir na pesquisa agropecuária é o melhor caminho para a erradicação da miséria no campo e fortalecimento da agricultura familiar. Aumentando assim a produção de alimentos e gerando cada vez mais qualidade de vida para os brasileiros”, diz o presidente, Evair Melo.
 
Acesse o site do Consepa e conheça as 18 organizações estaduais que integram o Conselho.
 
O programa de pesquisa do Consórcio Pesquisa Café, do qual as Oepas fazem parte integrante, é coordenado pela Embrapa Café, unidade da Embrapa, e conta com o apoio do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Funcafé/Mapa).

Fonte: Embrapa Café

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