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COOXUPÉ sedia primeira reunião do Conselho Nacional do Café de 2013

Encontro teve a presença de diretores do CNC, entre eles o presidente, Silas Brasileiro, e representantes de importantes cooperativas de café. Na oportunidade, um importante passo foi dado para incentivar a mecanização das regiões produtoras do grão


Publicado em: 21/01/2013 às 10:10hs

COOXUPÉ sedia primeira reunião do Conselho Nacional do Café de 2013

Nesta sexta-feira, 18 de janeiro, a COOXUPÉ, cooperativa de café com sede em Guaxupé/MG, sediou a primeira reunião do ano do CNC – Conselho Nacional do Café – órgão presidido por Silas Brasileiro e que contribui para o desenvolvimento sustentável do grão produzido no país. Além de representantes da entidade, o encontro contou com diretores das cooperativas COCAPEC, COCATREL, MINASUL, COOPARAÍSO e COCCAMIG, que juntas detém mais de 20 mil cooperados. O principal tema debatido no encontro foi a formação de uma aliança entre cooperativas de café para incentivar a mecanização da lavoura cafeeira.
 
A proposta, levantada pelo CNC, é a de tornar viável para o produtor a venda de máquinas específicas que contribuam com a lavoura de café de forma sustentável. Segundo o presidente da COOXUPÉ e diretor do CNC, Carlos Paulino da Costa, a mecanização da lavoura é extremamente importante, principalmente pela falta de mão de obra e os altos custos. “Um importante passo foi dado hoje. A união de cooperativas para auxiliar o pequeno produtor a ter a possibilidade de mecanizar os processos de sua lavoura poderá contribuir tanto para o mercado de café, com a redução de custos, quanto para a indústria, incentivando pesquisas e a produção de maquinário em série”, analisa.
 
Como funcionaria o consórcio

 
Algumas cooperativas de café já possuem máquinas específicas para processos como a “varreção” da lavoura – última etapa da colheita que realiza a catação dos grãos e gera altos custos para o produtor com a mão de obra. O consórcio entre as cooperativas administraria estas novas tecnologias, apresentando para a indústria um modelo viável de produção em série que seria vendido ao produtor. O modelo de negócio ainda está em estudo, mas o consórcio coordenaria as pesquisas, necessidades de novas máquinas, entre outras ações.
 
Desenvolvimento do setor
 
Além de trazer a possibilidade de mecanizar a lavoura de café através da junção de cooperativas, a reunião, presidida por Silas Brasileiro, também levantou dois temas de importância para o setor: certificação e as estatísticas divulgadas no segmento. De acordo com Brasileiro, existe uma desigualdade na comercialização do café do Brasil no exterior, com a grande exigência de certificações e regulamentações para a venda do grão. Em contrapartida, o produto é comercializado pelo mesmo valor do grão produzido em outros países. “Queremos, através da OIC, diminuir esta diferença”, argumenta.
 
O presidente do CNC também pretende levar para OIC – Organização Internacional do Café – a proposta para que o Brasil assuma a coordenação de um órgão para fazer a avaliação das estatísticas do setor. “Os números atualmente são desencontrados. Conhecendo eles melhor, temos como planejar melhor”, finaliza.

Fonte: Phábrica de Idéias

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