Café

CNA busca apoio do governo para aprovação de novo preço mínimo para o café na reunião do CMN

Nos contatos com a Casa Civil, ministérios da Fazenda e da Agricultura defendeu a revisão do preço mínimo para R$ 340,00 a saca de 60 quilos


Publicado em: 24/04/2013 às 10:00hs

CNA busca apoio do governo para aprovação de novo preço mínimo para o café na reunião do CMN

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mobilizou esforços, hoje, em Brasília, em busca do apoio do Governo para a aprovação de um novo preço mínimo para o café, na reunião da próxima quinta-feira, 25/4, do Conselho Monetário Nacional (CMN). A cafeicultura brasileira enfrenta, atualmente, forte perda de renda diante de um cenário de crescente elevação dos custos de produção e queda dos preços de mercado. Para amenizar os prejuízos do setor, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, defende a revisão do preço mínimo do café, de R$ 261,69 para R$ 340,00 a saca de 60 quilos do café arábica.

“A situação está insustentável e se o mínimo demorar muito para ser definido, a tendência é que os preços caiam mais”, afirmou a senadora Kátia Abreu. As cotações do café arábica enfrentam um ano de desvalorizações. Só em 2012, os preços caíram 36%, acumulando 10% de baixa este ano. Nos contatos mantidos, hoje, com a Casa Civil da Presidência da República, ministérios da Fazenda e da Agricultura, a CNA mostrou que o preço mínimo do café, mantido sem alterações há três anos, não atende à atual realidade do mercado.

Nesta semana, o café arábica foi comercializado em torno de R$ 295,50 a saca. Dados do projeto Campo Futuro (CNA/Cepea) apontam Custos Operacionais Efetivos acima de R$ 350,00 a saca para as regiões de Guaxupé, Santa Rita do Sapucaí e Manhumirim, em Minas Gerais.

A safra recorde colhida no Brasil em 2012, que chegou a 50,83 milhões de sacas de 60 quilos, têm contribuído para pressionar ainda mais os preços. Atualmente, segundo a CNA, os preços de mercado não estão cobrindo nem os custos de produção em algumas regiões. Nas regiões montanhosas, onde a mecanização é inviável, a contratação de mão-de-obra responde por mais de 50% do Custo Operacional Efetivo (COE).

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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