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Cerrado Mineiro espera vender 100 mil sacas com selo de origem em 2013

Federação dos Cafeicultores da região é responsável pela certificação Cerrado Mineiro aposta na certificação de origem para consolidar mercado


Publicado em: 16/09/2013 às 18:20hs

Cerrado Mineiro espera vender 100 mil sacas com selo de origem em 2013

Os produtores de café do Cerrado Mineiro devem vender neste ano cerca de 100 mil sacas lacradas com o selo de qualidade e origem no mercado interno e para o exterior. A expectativa é da Federação dos Cafeicultores da região, responsável por conceder a certificação e controlar sua utilização.

“Vamos aumentando gradualmente. E a meta é proporcional à movimentação da cooperativa (em volume). Mas a gente quer crescer de forma controlada para não inundar o mercado”, diz Juliano Tarabal, diretor de marketing da Federação.

Ele explica que o processo envolve análise e controle de informações sobre os cafés a serem vendidos. Pode ter direito a usar o selo, o cafeicultor que produz na área demarcada como região do Cerrado Mineiro e seja associado a uma das cooperativas que integram a entidade. “O produtor ainda tem que assinar um termo de responsabilidade alegando que respeita as leis sociais e ambientais do país”.

Quando o produtor pede a certificação, uma amostra do café é separada para análise laboratorial. O produto deve receber pelo menos 75 pontos de acordo com a metodologia da Sociedade Americana de Cafés Especiais (SCAA, na sigla em inglês), o que classifica como, no mínimo “muito bom”.

Constatada a adequação aos critérios da certificação, o selo é costurado em cada saca. São emitidos também um certificado e um laudo de qualidade, entregues ao comprador. Por um código de barras, é possível ter acesso à qualidade, aos dados da análise, da propriedade de origem e ao nome do produtor.

O diretor da Federação dos Cafeicultores explica ainda que a certificação é feita por lote a ser vendido. O custo é de R$ 1,80 por saca. “O produtor pode repassar, o que naturalmente acontece, ou a cooperativa pode pagar. É um custo operacional”, explica Tarabal, dizendo que mais de 200 produtores já certificaram lotes de café.

A região do Cerrado Mineiro abrange 55 municípios e reúne 4,5 mil produtores. Em 170 mil hectares, são produzidas 5 milhões de sacas anuais. De acordo com a diretoria da Federação dos Cafeicultores, cerca de 3 mil cafeicultores estão ligados às cooperativas e associações que integram o sistema da entidade.

Para Juliano Tarabal, a certificação vai ao encontro de uma tendência de mercado, com demanda maior por cafés certificados por origem, como é o caso do Cerrado Mineiro. “O mercado de origens está crescendo no geral. O consumidor quer saber de onde vem o produto, que conhecer o produtor. É uma tendência que abrange todos os produtos alimentícios, não só o café”.

Fonte: Globo Rural

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