Publicado em: 19/12/2024 às 10:00hs
Em Manhumirim, região das Matas de Minas, o cafeicultor Francisco Carlos Porcaro celebra o crescimento significativo da produção e uma redução de 15% nos custos de produção, resultado de um gerenciamento mais eficiente e do apoio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte. O programa, oferecido pelo Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Manhumirim, tem sido fundamental para otimizar a gestão administrativa do Sítio São Roque.
Com uma longa trajetória na cafeicultura, Francisco segue os passos de seu avô, que plantou café em 1891, e de seu pai, que foi produtor e comprador da commodity. Ele buscou o ATeG para aprimorar o controle de custos e melhorar a gestão do negócio. “Busquei o ATeG para focar mais nas anotações, ter um controle melhor dos custos e entender mais sobre o mercado”, explica o cafeicultor.
O técnico de campo, Claudimar Alcântara, destaca que a atual safra apresentou uma produção por hectare 80% maior, com um custo total 15% inferior em relação à safra 2022/2023. Essas melhorias resultaram do planejamento cuidadoso, que incluiu manejo adequado do solo, controle de pragas e doenças, e o uso de técnicas de manejo nutricional, tudo dentro de uma gestão financeira enxuta e eficiente.
Com a melhoria na gestão financeira, Francisco tem investido em diversas melhorias na infraestrutura da propriedade. Entre as aquisições estão um novo trator, um secador para atender à maior produção, melhorias nos armazéns, na pós-colheita, além da construção de novos galpões e a instalação de um sistema de energia solar. Essas mudanças visam aumentar a capacidade de produção e armazenamento.
Em busca constante de aperfeiçoamento, Francisco participa de diversos cursos oferecidos pelo Sistema Faemg Senar. Recentemente, ele concluiu o treinamento de Comercialização de Café, com foco em entender o mercado e conseguir melhores preços para o produto.
Desde 2016, Francisco produz cafés especiais e já obteve reconhecimento em concursos renomados, como o Coffee of the Year, figurando entre os 25 melhores do Brasil. Ele também tem se destacado em competições locais e comercializa seus cafés para importantes mercados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Este ano, a saca de café especial tem sido vendida por valores entre R$ 1.600 e R$ 1.900. Além disso, Francisco iniciou a exportação de sua produção, com 30% da safra 2022/2023 destinada ao mercado internacional.
Apesar dos avanços, o técnico de campo, Claudimar, afirma que ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas que os resultados já demonstram que o cafeicultor está no caminho certo para o futuro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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