Publicado em: 24/05/2024 às 17:30hs
O mais recente relatório mensal do Rabobank, preparado pelo analista de mercado Guilherme Morya, traz uma análise minuciosa das tendências atuais no mercado de café brasileiro.
Apesar dos persistentes desafios logísticos, o Brasil continua a registrar um ritmo vigoroso de exportações. Somente em abril, foram enviadas para o exterior 4,2 milhões de sacas de 60 kg, marcando um aumento notável de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2024, o país já exportou 16,2 milhões de sacas, um crescimento de expressivos 46% comparado ao ano anterior.
Destaca-se o desempenho das exportações de café conilon (robusta), que alcançaram 677 mil sacas em abril de 2024. No acumulado do ano, esse segmento atingiu 2,6 milhões de sacas, um aumento impressionante de 548% em relação a 2023. Já o café arábica também apresentou números sólidos, com 12,5 milhões de sacas exportadas nos primeiros quatro meses de 2024, representando uma alta de 31% em relação ao ano anterior.
Desde que a situação logística se mantenha estável, espera-se que as exportações brasileiras continuem robustas, impulsionadas pela boa safra de 2023 e pela colheita de 2024, que ganhará tração nas próximas semanas.
Apesar da recente queda nos preços do café, afetando a relação de troca, os preços dos fertilizantes permanecem estáveis. Em abril, os preços do café no Brasil tiveram uma valorização significativa. O café arábica alcançou a média de R$ 1.214 por saca de 60 kg, representando um aumento de 17% em relação ao mês anterior. Enquanto isso, o café conilon atingiu níveis recordes, superando R$ 1.000 por saca, um aumento de 23% em relação ao mês anterior e um notável crescimento de 65% em relação ao ano passado.
Incertezas sobre a oferta de café robusta, especialmente devido ao clima seco no Vietnã, o principal produtor global desse tipo de café, têm atraído fundos não comerciais para o mercado de café, impulsionando os preços internacionais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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