Segundo o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), Guilherme Braga, essa primeira certificação "deve ser um teste sobre os critérios de classificação que deverão ser adotados", pois não foi informado o propósito da iniciativa.

Com a atual queda das cotações, torna-se financeiramente pouco atraente negociar na Bolsa de Nova York o produto brasileiro certificado. Além disso, o café nacional recebe um desconto de 9 centavos de dólar em cada contrato futuro da ICE. As 320 sacas certificadas correspondem ao volume pouco acima de 1 contrato futuro de café (cerca de 283,5 sacas, ou 37.500 libra-peso), transacionado em Nova York.

A ICE Futures US passou a aceitar a entrega do café brasileiro, lavado ou semilavado, a partir do contrato futuro com vencimento em março passado. A maior parte do café brasileiro é natural, ou seja, a secagem ocorre ao sol, em terreiros. O café lavado, com secagem por meio de máquinas, representa apenas pouco mais de 10% da produção nacional. O mais recente levantamento oficial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no mês passado, projetou a safra brasileira 2013/14 em 48,59 milhões de sacas.