Quando analisada a cultura do café, diante da abençoada fartura de água do aquífero Urucuia, esta não sofreu interferências pelo clima, esclarece Glauber de Castro, presidente da Abacafé - Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia.
 
O cenário de áreas cultivadas com café arábica 100% irrigadas promove a segurança na produção. Com esta condição, os riscos de produzir são extremamente baixos, pois as intempéries típicas das zonas cafeeiras, não atingem o Oeste da Bahia.
 
Este quadro tem grande contribuição quanto a qualidade do produto. Considerando que em média metade do café produzido na região tem como destino a exportação, o caminho da qualidade é fundamental para promover melhorias no preço final do produto, reforça Glauber.
 
O zelo pela qualidade vem acompanhado da adequação social e trabalhista nas propriedades, sobretudo nos períodos de colheita, em que o número de trabalhadores eleva significativamente. A chancela desta adequação é auferida pelo Ministério do Trabalho, que visitam todas as áreas de produção, cuja frente educativa monitora e orienta cada item para o bom cumprimento da legislação vigente.
 
Com um quadro singular em produzir café de alta tecnologia e qualidade, a região se prepara para um reconhecimento do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), que é a Indicação Geográfica do produto. O "Café da Região Oeste da Bahia" permitirá uma nova dimensão nos aspectos promocionais do setor que somada às condições regionais, estimulará a expansão da cultura, como o que vem ocorrendo.
 
Atualmente a região possui uma área cultivada com café de 15.330 hectares e deverá colher nesta safra mais de 560 mil sacas do produto. Quanto a média de produtividade está em 43 sc/ha, enquanto a média nacional gira em torno de 20 sc/ha, expressando o perfil de tecnologia e gestão do setor.

As informações são da Abacafé, adaptadas pela Equipe CaféPoint.