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Bahia é referência nacional em cafeicultura sustentável

Sustentabilidade e inclusão social é o tema central do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que começa nesta segunda, dia 25, em Salvador-BA, no Fiesta Bahia Hotel


Publicado em: 25/11/2013 às 01:00hs

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Eduardo Salles: Secretário da Agricultura do Estado da Bahia
Por: EMBRAPA CAFÉ

“A atividade cafeeira como sustentabilidade e inclusão social” é tema da conferência de abertura do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que será apresentada pelo secretário da Agricultura do Estado da Bahia, Eduardo Salles dia 25 de novembro às 20h. O evento é do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e será realizado na cidade de Salvador entre os dias 25 a 28 de novembro.

Em entrevista à Embrapa Café, Eduardo Salles traça um panorama da atual cafeicultura na Bahia - reflexo das condições ambientais locais e das diversas formas de ocupação do território - e ressalta a importância da pesquisa cafeeira e do uso de novas tecnologias em prol do desenvolvimento do setor. O secretário da Bahia é engenheiro agrônomo graduado pela Universidade Federal de Viçosa – UFV e mestre em Engenharia Agrícola pela mesma universidade. Por duas vezes foi presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia – Assocafé – e, durante três mandatos, presidiu a Câmara Portuguesa de Comércio. Eduardo Salles foi também diretor de grupos multinacionais do setor agropecuário; diretor da Associação dos Agricultores da Bahia e membro do Conselho de Administração da Escola Agrotécnica Federal e de diversos conselhos na Federação da Agricultura do Estado da Bahia – Faeb. Hoje é também presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri) e, há 12 anos, dirige a Associação Comercial da Bahia.

Embrapa Café: Qual a importância da realização do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil na Bahia?

Eduardo Salles: A cafeicultura baiana é bastante diferenciada, com regiões distintas, cada uma com suas características. A despeito da região Oeste apresentar uma cafeicultura moderna, com irrigação e com tecnologia de ponta, com alta produtividade, nas demais regiões (Chapada, Planalto, Itiruçu e em Brejões) a qualidade é excepcional, mas a cafeicultura dessas regiões é tradicional, sem mecanização, com baixa produtividade, assim como a cafeicultura do Baixo Sul, Sul e Extremo Sul. Neste contexto, o VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil na Bahia reveste-se de grande importância na medida em que é um fórum de discussões e de troca de experiências que poderão contribuir para o crescimento e avanço tecnológico da cafeicultura baiana.
     
Nesse contexto, poderia traçar um panorama atual da cafeicultura no estado?

A cafeicultura desenvolvida no Estado da Bahia apresenta atualmente um quadro tecnológico bastante diversificado, o que reflete diferentes condições ambientais, variadas forma de ocupação do seu espaço agrário e modalidade de organizações da atividade produtiva. A agricultura familiar tem se destacado inclusive na cultura do café, o que reflete necessidade de novos direcionamentos em busca de sustentabilidade e inclusão social desse público. Nesse cenário parcerias são fundamentais para desenvolver as pesquisas e transferência de tecnologia necessárias ao pleno desenvolvimento e competitividade dessa cafeicultura de base familiar.
     
A Bahia produz, hoje, cafés de excelente qualidade. Exemplo disso é o café do Papa, consumido pelos cardeais do Vaticano. A cada safra, produzida na Chapada Diamantina/BA, são preparadas 30 exclusivíssimas sacas para o suprimento do Vaticano. Em sua opinião, a que se deve o sucesso de produtores como esse?

Deve-se a um intenso trabalho de capacitação e transferência de tecnologias, principalmente dos pequenos cafeicultores. A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA vem realizando um importante trabalho de distribuição de máquinas e equipamentos a esses produtores. Seu sucesso deve-se, ainda, aos incentivos dos concursos de qualidade realizados em parceria com a Associação dos Produtores de Café da Bahia - Assocafé, Cooperativa Mista Agropecuária Conquistense - CCOPMAQ, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Uesb e entidades vinculadas aos Cafés Especiais.    
     
Atualmente, a Embrapa Café alinhou com a Seagri-BA projetos de implantação de duas estações experimentais em Itabela (café conilon) e em Barra do Choça (café arábica). Como está esse trabalho e quais as próximas etapas e perspectivas?

Estamos mantendo contato com as entidades que serão nossas parceiras, como o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - Ceplac e a Embrapa, buscando ajustar os projetos e viabilizar os trabalhos para implantação e implementação dos trabalhos de pesquisa nessas regiões.
     
De que forma a pesquisa e as tecnologias desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, podem contribuir para a sustentabilidade e a inclusão social na Bahia e no Brasil?

Dando continuidade de forma consistente aos trabalhos de apoio aos produtores ao longo de toda cadeia produtiva, de forma a resultar em maior produtividade, melhor qualidade e geração renda e competitividade nas diferentes regiões produtoras.
     
Poderia nos contar um pouco mais sobre sua apresentação “A atividade cafeeira como sustentabilidade e inclusão social”, a ser realizada na conferência de abertura do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil?

Espero mostrar como se situa a cafeicultura do nosso Estado e como temos buscado resultados que possam contribuir com sua evolução, atendendo aos anseios do seu público e as tendências de mercado.
     
Sobre o evento - Na ocasião, serão apresentados 306 trabalhos técnico-científicos para um público estimado de cerca de 800 participantes. O tema desta edição é ‘Pesquisa Cafeeira: Sustentabilidade e Inclusão Social’. O evento é uma realização do Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. Confira a programação completa e inscreva-se.    

Apoio - O VIII Simpósio conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé), Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura - Seagri-BA, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB e as demais entidades consorciadas.

Inscrições e informaçõeshttp://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br/.

Fonte: EMBRAPA CAFÉ

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