Publicado em: 22/07/2024 às 15:30hs
Hamilton Rossetto, agricultor na região de Lençóis Paulista, São Paulo, está na sua 25ª safra de cultivo de cana-de-açúcar. Desde sua chegada à região no ano 2000, Rossetto plantou cerca de 10 mil hectares de cana. Há nove anos, começou a diversificar suas culturas com a soja, ocupando aproximadamente 4 mil hectares. Diante das dificuldades impostas pelo solo arenoso e pobre em nutrientes, o produtor adotou compostagem a partir de 2004 e incorporou a tecnologia Microgeo há cerca de oito anos.
Rossetto destaca as melhorias substanciais trazidas pelo Microgeo. “Nosso solo é muito restritivo, com 88% de classe E e 8% de classe D. Precisamos de tecnologias adicionais para garantir uma produção adequada. Usamos o Microgeo há oito anos e, nos últimos três, aplicamos a tecnologia em quase toda a nossa área”, relatou.
Os resultados foram evidentes, especialmente na soja. “Notamos uma diferença significativa entre as áreas tratadas com Microgeo e as não tratadas. Na cana, os benefícios também são claros após anos de uso”, afirmou Rossetto.
O produtor relatou que, durante um ano particularmente seco, a cana enfrentou estresse severo. “Estamos utilizando tecnologias, incluindo o Microgeo, para mitigar os efeitos adversos do clima. Esse é o objetivo principal: reduzir o impacto climático”, explicou.
Estudos acadêmicos, como os conduzidos pelo professor Carlos Crusciol da Unesp/Botucatu, indicaram uma variação de 8 a 10% na produtividade devido ao uso de Microgeo. “Os resultados acadêmicos confirmaram nossas observações. Optamos por essa tecnologia porque acreditamos em seu potencial para nossas lavouras”, detalhou Rossetto.
Atualmente, Rossetto opera uma Bioestação com capacidade de 300.000 litros em Lençóis Paulista e outra de 110.000 litros no Mato Grosso do Sul. “O manejo da Bioestação é simples e direto”, acrescentou.
Nos últimos cinco anos, a empresa PHD tem promovido campos experimentais, começando com soja e, em 2024, realizando o evento com cana-de-açúcar pela segunda vez. Em parceria com a CAMDA (Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina) e a DETEC (DETEC Agroconsultoria), o Microgeo tem sido testado em conjunto com outras 20 empresas em protocolos variados. “Estamos no quarto ano de experimentos com Microgeo, dois anos com soja e dois com cana, e os resultados mostram vantagens claras da tecnologia”, concluiu Rossetto.
Este caso ilustra como a inovação tecnológica e a pesquisa científica podem transformar a agricultura, oferecendo soluções sustentáveis e eficazes para enfrentar desafios climáticos e promover uma produção mais resiliente e eficiente.
Fonte: Portal do Agronegócio
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