Biológicos e Bioinsumos

Milho safrinha: inoculantes podem proporcionar redução da adubação nitrogenada em 25%

Aplicação da bactéria Azospirillum brasilense pode gerar um incremento de 3,1% no índice de produtividade do milho safrinha, e redução da adubação


Publicado em: 15/02/2024 às 15:18hs

Milho safrinha: inoculantes podem proporcionar redução da adubação nitrogenada em 25%
Foto: Alejandro Barrón

Estamos no período de colheita de soja, iniciado em janeiro e previsto para ser finalizado em fevereiro. E é neste período que começam os preparativos para o plantio do milho safrinha, que deve acontecer até o mês de março. Um bom planejamento, a utilização de sementes e produtos de qualidade e semear na janela correta podem garantir bons resultados ao produtor. Segundo estudos realizados pela Embrapa Soja, a utilização de inoculantes com a bactéria Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) na semeadura, por exemplo, chega a permitir uma redução de 25% da adubação nitrogenada de cobertura, considerando a dose de 90 quilos (kg) por hectare (ha) de N-fertilizante.

Os inoculantes para milho foram lançados no mercado em 2009, e estão há cerca de 15 anos auxiliando os produtores rurais. A adoção da inoculação em milho na safra 22/23 foi de 22% do total de área plantada, segundo levantamento da Associação Nacional de Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII). Fernando Bonafé Sei, agrônomo e gerente da área técnica da Novonesis, líder mundial em biossoluções, destaca que “a tecnologia de inoculação do milho com a bactéria Azospirillum brasilense propicia redução na adubação nitrogenada de cobertura e ainda permite um incremento médio de 3,1% na produtividade de grãos”.

A utilização de inoculantes favorece o crescimento radicular do milho, o que possibilita melhor exploração do solo, aumentando a eficiência do uso de fertilizantes. Fernando explica que o nitrogênio do processo de fixação biológica, além de proporcionar às plantas um melhor desenvolvimento, também apresenta ganhos econômicos e ambientais. “A simbiose entre a planta e as bactérias revela um menor impacto ao meio ambiente. Segundo levantamento da Embrapa Soja a aplicação das estirpes Ab-V5 e Ab-V6 proporcionam redução da emissão dos gases de efeito estufa: a estimativa é de 236 kg equivalentes de CO2/ha. A economia chega à ordem de R$ 260/ha, considerando o preço médio da ureia no mercado brasileiro em julho de 2022”, comenta.

A qualidade dos materiais e a aplicação e dosagem corretas do inoculante são fundamentais para a obtenção de bons resultados no processo de fixação biológica para milho. O gerente da área técnica da Novozymes explica que manter o produto em local arejado e seco e não o expor diretamente à luz solar são algumas das recomendações para que o agricultor consiga retirar o melhor potencial do Azospirillum brasilense. “É importante também ler a bula do produto e seguir as recomendações. O inoculante AzoMax®, por exemplo, pode ser utilizado no tratamento de sementes na dose de 100ml/saco de semente ou na aplicação no sulco de semeadura na dose de 200 ml/ha”, completa.

Expansão do Mercado de Insumos Biológicos

No período da safra 2022/23, a comercialização de insumos biológicos atingiu um faturamento de US$ 827 milhões, representando um aumento significativo de 52% em comparação com o ciclo anterior de 2021/22 (US$ 547 milhões). Esses dados foram obtidos através de uma pesquisa de campo e contatos diretos com agricultores realizados pela consultoria Kynetec. A validação da pesquisa foi realizada pela Associação Nacional da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), que prevê que esse crescimento continuará em um ritmo forte.

Fonte: Assessoria de imprensa da Novonesis

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