Publicado em: 16/05/2013 às 12:00hs
Na contratendência, as cooperativas do Paraná trabalham para se tornar autossuficientes, importando apenas para mistura. A cooperativa Agrária, localizada no distrito de Entre Rios, em Guarapuava (Centro-Sul do Paraná), projeta, para os próximos anos, que 80% do trigo necessários para operar o seu moinho sejam de cooperados. Hoje, 40% do produto são fornecidos pelos associados, 20% por parceiros e outros 20% são importados do Paraguai e da Argentina. “Eu gostaria que todo o trigo fosse daqui, pois o cooperado é o dono do moinho e precisa ser beneficiado. Estamos trabalhando para aumentar a produção”, reforça o gerente de Negócios da empresa, Jeferson Caus. O moinho, fundado na década de 60, tem capacidade de moagem de 470 toneladas/dia.
Campos Gerais - Na região dos Campos Gerais, as cooperativas Batavo, Castrolanda e Capal projetam concluir as obras de um moinho, em Ponta Grossa, em fevereiro de 2014. Como a produção das três empresas, juntas, chega a 350 mil toneladas de trigo por ano, o grupo planeja importar apenas 10% da matéria-prima a ser processada. “[A quantidade] é necessária para fazer a mistura. Mas estamos investindo nos municípios de Tibagi e Arapoti, que têm vocação para o trigo de qualidade, para reduzir a importação”, ressalta Antonio Carlos Campos, gerente-geral da Batavo. As cooperativas investem R$ 52 milhões no moinho, que terá capacidade de 120 mil toneladas/ano.
Exemplo - Apesar da produção nacional reduzida em comparação com a demanda, é possível eliminar a importação de trigo. A Coamo, de Campo Mourão, trabalha apenas com o cereal produzido pelos associados. “Nunca, nos 35 anos que temos moinho, compramos trigo de fora. Essa história de que o nosso cereal não é bom não existe. Temos variedade e qualidade”, afirma o presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassini.
Investimento - A empresa investe R$ 80 milhões na construção de um novo moinho no seu parque industrial, na cidade sede, com capacidade para moer 500 toneladas/dia. A inauguração deve ocorrer no segundo semestre do próximo ano. O moinho antigo foi desativado e a empresa trabalha com estrutura arrendada em Mamborê.
Fonte: Gazeta do Povo
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