Aveia, Trigo e Cevada

Trigo: confira o trâmite da retirada da TEC, venda de estoques públicos e definição dos preços mínimos

Conversamos hoje com o analista de trigo da CONAB sobre as movimentações nas questões políticas relativas à cultura neste momento, na pauta: a redução da TEC, vendas de estoques públicos e a questão dos preços mínimos


Publicado em: 18/01/2013 às 16:20hs

Trigo: confira o trâmite da retirada da TEC, venda de estoques públicos e definição dos preços mínimos

Em conversa com o Sr. Paulo Magno Rabelo analista de trigo da CONAB, vimos que a questão da redução ou desoneração da TEC encontra-se atualmente na esfera da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), seguindo uma solicitação da ABITRIGO. Acredita-se neste momento que esta será aprovada, restando o estudo da quantidade necessária para desoneração da cobrança de 10% atualmente imposta às compras de trigo de origem externa ao MERCOSUL.

A única ressalva neste momento é que os preços externos vinham baixando, algo que ocorreu na semana anterior também para o trigo argentino e paraguaio, com a paridade afetada pela redução do câmbio também. Segundo Sr Rabelo, em 2008 a TEC foi retirada em momento semelhante (quedas externas) tendo efeito nulo aos moinhos e desfavorável aos produtores. Com isso, a observação da produção de inverno no hemisfério Norte se faz necessária.

Um importante relato (exclusivo à AF NEWS) é a intenção de efetuar venda de estoques públicos ainda na primeira metade do ano. Segundo o entrevistado, planeja-se algo em torno de segunda quinzena de fevereiro e primeira de março o início. Com a disponibilidade aproximada de 489 mil toneladas de trigo em sua maior parte de boa qualidade por conta das aquisições da safra 2011.

Quanto aos preços mínimos já foi remetida uma primeira proposta ao ministério da agricultura, sendo que ao que parece estará em tempo hábil para divulgação anterior ao plantio paranaense. Não entramos em detalhes quanto aos valores, mas o agente de mercado sinaliza que não haverá grandes alterações. A principal fonte de variação no custo de produção seria a baixa disponibilidade de sementes, algo que encareceria o custo de insumo.

O medo da CONAB é que ocorra como anos anteriores, onde o preço mínimo é definido em linha com valores de mercado no ato da divulgação e as quedas internacionais posteriores acabem onerando o governo por meio de aquisições nos preços acordados. Com isso ao que parece as alterações devem ser baseadas no custo de produção somente.

Fonte: AF News

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