Aveia, Trigo e Cevada

Trigo apresenta boas condições de desenvolvimento no Estado do Rio Grande do Sul

Conforme o levantamento sobre as principais culturas e criações divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta última quinta-feira (13), se o tempo mais seco tem trazido algum transtorno para as culturas de verão, em início de plantio, o mesmo não ocorre com o trigo


Publicado em: 14/09/2012 às 16:30hs

Trigo apresenta boas condições de desenvolvimento no Estado do Rio Grande do Sul

As condições são adequadas ao desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da cultura. O tempo mais seco tem favorecido a pouca presença de doenças fúngicas nessa fase crítica e a polinização ocorre sem sobressaltos. Já o retorno da umidade ao solo, com as recentes chuvas da última semana, dará condições melhores para a formação dos grãos. Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, as cotações da saca de 60 kg de trigo mantiveram-se entre R$ 27,00 e R$ 32,00. A média ficou em R$ 28,79, marcando uma valorização de 1,98% em relação ao preço médio anterior.

A situação da cultura do milho, uma das que mais estava sentindo a falta de umidade no solo, melhorou. Muitas lavouras não apresentavam um crescimento adequado das plantas recém-emergidas. A falta de umidade vinha causando, inclusive, necessidade de replantio de algumas áreas nas regiões de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões. A chuva, pelo menos no volume precipitado até o momento, traz possibilidade de retomada da semeadura da cultura e possibilitará um crescimento adequado às plantas no estágio em que se define o potencial produtivo. Segundo estimativas da Emater/RS-Ascar, cerca de 20% do total da área prevista para esta safra já está semeada, registrando um atraso inicial, levando-se em conta a média dos últimos anos, de cinco pontos percentuais.

Lentamente começa a ser plantada a safra 2013 de feijão. A área semeada ainda é pequena, não ultrapassando os dois mil hectares até o momento, o que representa pouco mais de 3% do total previsto para este ano. Na média dos últimos anos, esse percentual deveria alcançar, nesta época, algo como 10%. Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, esse atraso inicial fica por conta da pouca umidade do solo verificada antes das recentes chuvas. Com o retorno das precipitações, o plantio deverá se intensificar, principalmente na região centro-norte do Estado.

Fruticultura

O morango vem se mantendo com bom aspecto geral, desenvolvimento dentro da normalidade e sem muitos problemas quanto à fitossanidade. Alguns pomares apresentam incidência de oídio e ataque de ácaros, condição favorecida pelo calor e baixa umidade do ar que vinha perdurando a várias semanas. As lavouras da Zona Sul e o Vale do Caí, já com colheita da primeira florada concluída, apresentam bons rendimentos e frutas de ótima qualidade e bons preços pagos. O município de Bom Princípio, grande produtor do Vale do Caí, contabiliza 800.000 mudas cultivadas e prevê colher, aproximadamente, um milhão de quilos da fruta.

Olericultura

Exceto alguns locais do Estado que vêm enfrentando dificuldades quanto à disponibilidade de água, há uma boa oferta de hortigranjeiros, com produtos de excelente qualidade, principalmente folhosas, cenoura e beterraba. Os preços continuam se mantendo sem maiores oscilações para a grande maioria dos produtos.

Nas regiões mais quentes, como o Noroeste do RS, os produtores praticamente concluíram o plantio da mandioca, com os cultivos precisando de chuvas mais volumosas para uma boa emergência das plantas. A área no Estado deverá ter redução em função das perdas causadas pelas fortes geadas de junho. Parte da deficiência está sendo suplantada com a importação de material do centro do País, a um custo médio de R$ 12,00 o feixe de 300 a 330 mudas.

Criações

Os rebanhos de gado de corte do Estado apresentam condições nutricionais regulares, pois os campos nativos apresentam-se ainda crestados e com baixa qualidade e disponibilidade de pasto, em consequência de ser um período de saída de inverno. A exceção são os animais que foram mantidos em pastagens cultivadas de inverno como trevos, aveia e azevém. As condições sanitárias dos animais estão sob controle, mas os pecuaristas continuam realizando o monitoramento e controle das verminoses e ectoparasitas como o carrapato, principalmente nas categorias dos terneiros, que são mais susceptíveis. É grande a oferta de gado magro em muitos municípios do Estado, pois os criadores liberaram as áreas cultivadas com pastagens anuais para a implantação das culturas de verão, principalmente soja, porém a comercialização de animais está baixa e o preço, estável.

Na região de Lajeado, a florada das espécies exóticas, principalmente dos eucaliptos, assim como de outras espécies nativas, ocorreu mais tarde em função do inverno seco, fato que permitiu a realização de uma safrinha de mel no período entre os meses de janeiro e abril. Ocorreram três meladas neste período. Em relação a comercialização de mel, os apicultores da região estão recebendo, em média, entre R$ 6,00 e R$ 7,00/kg na venda direta ao consumidor. Os produtores continuam realizando o manejo de primavera nas colmeias, tais como a revisão da caixas, limpeza, adição de melgueiras e caixilhos, entre outras.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

◄ Leia outras notícias