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A colheita da aveia-branca no Brasil, referente à safra 2024/25, foi concluída em dezembro no Rio Grande do Sul, segundo o 4º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar do término bem-sucedido, as condições climáticas adversas e variações tecnológicas afetaram a produtividade.

Impactos climáticos no Rio Grande do Sul

A semeadura da aveia teve início em maio e foi concluída apenas em julho, atrasada pelas chuvas intensas. Durante o ciclo, eventos climáticos como excesso de precipitações, geadas e baixa radiação solar, somados à fumaça das queimadas no Centro-Oeste, comprometeram o desenvolvimento das lavouras.

Entre setembro e outubro, chuvas acima de 200 mm em algumas regiões coincidiram com fases cruciais, como maturação no Oeste e enchimento de grãos nas áreas do Planalto Médio e Superior. Esses fatores resultaram em uma produtividade média de 2.361 kg/ha, 26% superior à safra anterior, mas ainda 8% abaixo da registrada em 2022. Apesar do aumento em relação ao ciclo anterior, os números não atenderam às expectativas dos produtores.

A área total cultivada no estado foi ajustada em 0,1%, alcançando 356,8 mil hectares. As condições climáticas, embora adversas, proporcionaram índices de produtividade variáveis, entre 2.100 kg/ha e 3.000 kg/ha.

Queda acentuada no Paraná

No Paraná, a situação foi ainda mais desafiadora. A colheita, destinada majoritariamente à indústria de flocos, ração animal e sementes, sofreu uma queda expressiva de 30,3% em relação ao ciclo anterior. A combinação de temperaturas elevadas, falta de chuvas em momentos críticos e a ocorrência de duas geadas contribuiu para a significativa redução da produção.

A safra 2024/25 de aveia evidenciou como eventos climáticos extremos podem impactar de forma desigual as principais regiões produtoras, reforçando a importância de estratégias adaptativas no setor agrícola brasileiro.