A recente alta dos preços tirou competitividade do produto dos Estados Unidos e os países estão se voltando para outros mercados. Foi o caso do Egito, maior importador mundial do grão, que tem comprado da Rússia nas últimas semanas. Além disso, a pior estiagem nos EUA em décadas, que reduziu drasticamente a safra de milho, afetou pouco as lavouras de trigo do país e a maioria delas já foi colhida. O volume ficou acima do esperado, o que ajuda a pressionar os preços. Ao mesmo tempo, a queda do milho também pesou sobre o trigo, pois os dois cereais concorrem no mercado de ração animal. No entanto, as perdas do trigo na CBOT foram limitadas pelas expectativas de que a baixa produção na Rússia desacelere as exportações do país. Alguns analistas acreditam que Rússia e Ucrânia poderão restringir as vendas externas para garantir a oferta no mercado doméstico. O milho fechou em queda de 1,77% e a soja recuou 1,17%.

Na Bolsa de Nova York, o cacau fechou em forte alta de 4,04%. Os investidores temem que o clima seco tenha afetado as lavouras da amêndoa na África Ocidental. A violência na Costa do Marfim, maior produtor mundial, também preocupa, pois pode oferecer riscos às exportações. O suco de laranja subiu 2,93% e o café encerrou em baixa de 2,84%.