Aveia, Trigo e Cevada

Perspectivas de preços para o mercado de trigo indicam alta devido à quebra de safra

Mercado brasileiro mostra tendência de valorização impulsionada pela qualidade e escassez do produto


Publicado em: 18/11/2024 às 10:51hs

Perspectivas de preços para o mercado de trigo indicam alta devido à quebra de safra

O mercado de trigo no Brasil apresenta perspectivas de preços em ascensão, contrastando com a tendência de queda observada na Bolsa de Chicago. De acordo com a TF Agroeconômica, enquanto os preços em Chicago registraram uma queda de 14,57% no acumulado anual, no Brasil houve aumento de 3,25% no Rio Grande do Sul e de 14,14% no Paraná. A expectativa é que essa valorização continue no mercado interno, especialmente a partir de janeiro de 2025, impulsionada pela quebra de safra e pela qualidade inferior do trigo disponível.

A forte redução na produção nos últimos anos é um dos principais fatores por trás da alta nos preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta produções de 10,55 milhões de toneladas em 2022, 8,09 milhões em 2023, e uma projeção de apenas 8,10 milhões para 2024. Além da queda no volume, a baixa qualidade do trigo disponível para panificação agrava o cenário, restringindo a oferta de farinhas tipo 1, essenciais para a indústria. Esta conjuntura, combinada com a necessidade de mesclar trigo nacional com importado, reforça a expectativa de preços elevados para o primeiro semestre de 2025.

No mercado interno, a recomendação para os vendedores é adiar as vendas até pelo menos janeiro de 2025, aproveitando uma possível valorização que pode superar os custos de armazenamento. Já os compradores devem considerar antecipar contratos futuros, especialmente para os meses de março e julho, quando as pressões sazonais de venda são menores.

No mercado internacional, fatores como as restrições de exportação na Ucrânia e na Rússia podem limitar a oferta global de trigo. Além disso, o fortalecimento do dólar nos Estados Unidos favorece a competitividade da produção europeia.

As condições climáticas também têm um impacto significativo nas projeções. Nos Estados Unidos, a diminuição das áreas afetadas pela seca tem gerado melhorias nas estimativas, com 91% da área de trigo de inverno já semeada e avanços significativos em estados como Kansas. Contudo, as exportações americanas ainda estão abaixo da média necessária para atingir as metas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o que pode refletir nos preços internacionais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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