Publicado em: 23/04/2025 às 10:55hs
O ritmo de comercialização do trigo e seus derivados apresentou desaceleração no Brasil nas últimas semanas, reflexo direto dos feriados nacionais que marcaram o início de abril. De acordo com análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o setor atravessa um período de menor atividade, com compradores atuando sem pressa devido ao confortável nível de estoques disponíveis.
Diante do cenário de lentidão nas negociações, os produtores têm concentrado esforços na venda dos grãos da safra de verão, buscando garantir liquidez imediata. Já aqueles que ainda dispõem de lotes de trigo optam por manter o produto armazenado, na expectativa de uma valorização mais acentuada nas próximas semanas.
O período de entressafra, caracterizado por menor oferta do cereal, tem contribuído para sustentar os preços em patamares elevados. Essa escassez natural do mercado favorece os produtores que optaram por segurar seus estoques, esperando melhores oportunidades de negociação.
Na parcial de abril, considerando os dados apurados até o dia 17, os preços do trigo apresentaram avanço em diversas regiões brasileiras em comparação a março. No Rio Grande do Sul, a valorização foi a mais expressiva, com alta de 4,9%. Em Santa Catarina, os preços subiram 3,3%, enquanto São Paulo e Paraná registraram aumentos de 2,8% e 2,5%, respectivamente.
A combinação entre a postura mais cautelosa dos compradores e a oferta reduzida deve continuar influenciando o comportamento do mercado de trigo no Brasil. A expectativa é de que os preços sigam em trajetória de alta, com possíveis novos ajustes no curto prazo, à medida que o mercado se reorganiza após os feriados.
Fonte: Portal do Agronegócio
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