Publicado em: 17/01/2025 às 11:30hs
O mercado de trigo no Sul do Brasil mantém um ritmo lento, conforme destaca o relatório da TF Agroeconômica. Compradores e vendedores aguardam maior definição nas tendências de preços, enquanto ajustes pontuais são registrados nas principais praças.
No Rio Grande do Sul, os moinhos locais já cobriram suas demandas para janeiro e começam a planejar as compras para os meses de fevereiro e março. As ofertas de compra no interior variam entre R$ 1.250,00 e R$ 1.300,00 por tonelada, dependendo da qualidade do cereal. Nos portos, os preços para entrega em fevereiro, com pagamento no mesmo mês, chegaram a R$ 1.350,00 por tonelada, representando uma queda de R$ 20,00/t em relação ao dia anterior.
Já no mercado interno, a pedra em Panambi mantém estabilidade, com o preço em R$ 65,00 por saca.
Em Santa Catarina, os preços variam entre R$ 1.400 e R$ 1.500/t nas ofertas locais, dependendo da região. A presença de trigo importado movimenta o mercado, com valores que atingem R$ 1.700/t nos portos e R$ 1.800/t no interior.
Os triticultores catarinenses, por sua vez, receberam preços estáveis durante a semana, entre R$ 68,00 e R$ 73,00 por saca, conforme a localidade.
No Paraná, os vendedores têm priorizado o esvaziamento dos armazéns para abrir espaço às novas safras de milho-verão e soja. Contudo, o mercado encontra dificuldades devido à diferença entre os valores ofertados pelos vendedores e as condições financeiras dos compradores.
No norte do estado, o trigo foi negociado a R$ 1.450/t para liberação de estoques, enquanto no oeste e sudoeste os preços, embora ligeiramente menores, são mais competitivos em relação ao produto gaúcho.
O trigo importado segue com preços entre US$ 280 e US$ 290/t, mas enfrenta desafios logísticos, como a alta demurrage em Paranaguá. Um navio atracado desde o dia 4 gera custos diários de US$ 12 mil a US$ 15 mil, pressionando ainda mais as negociações.
No mercado interno, o trigo branqueador apresenta indicações de R$ 1.650/t CIF no Paraná, mas os moinhos têm se mantido cautelosos, com as últimas transações fechadas a R$ 1.700/t FOB no diferido.
O cenário reflete a busca por ajustes entre oferta e demanda, enquanto a dinâmica do mercado permanece travada em função das oscilações de preços e questões logísticas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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