O carregamento, de 78 mil toneladas, foi transportado pelo navio M/V Areti, de bandeira liberiana. A embarcação possui 229,98 metros de comprimento e 43 metros de largura. São 11 metros de largura a mais do que os navios do tipo Panamax, que transportam, em média, 60 mil toneladas por viagem _ explicou Antônio Carlos Duarte, gerente de operações da Bianchinni.

Para a direção da empresa, que acompanhou de perto o processo, poder exportar esta quantidade em um navio de grande porte, é algo muito significativo. “Isso é um marco para a história: o maior navio que chegou no Porto de Rio Grande, e podermos exportar exclusivamente nossos produtos é algo muito gratificante”, declarou o diretor Vitor Bento Marasca.

O grão exportado foi adquirido pela Marasca de vários produtores de importantes regiões do Estado.

Exportação alivia pressão

Para o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, esse embarque de trigo ajuda a aliviar a pressão de mercado. Com a supersafra colhida em 2010/2011 de 2,41 milhões de toneladas, produtores do Rio Grande do Sul enfrentam dificuldade de escoamento. Na semana passada, segundo a Emater, a saca foi vendida a R$ 23,50 - 17% abaixo da média histórica. "A exportação é positiva, pois vários produtores e cooperativas colocaram seu produto no porto", disse.
 
Na foto os diretores Vitor Bento e Junior Marasca, o gestor de Logística, Gilberto Marasca, o diretor da Unidade do Porto de Rio Grande, Valdir Bianchini e o gerente de operações da Bianchini, Antônio Carlos Duarte