Publicado em: 16/10/2012 às 16:00hs
As condições climáticas estão sendo favoráveis ao surgimento da giberella em lavouras de trigo da região. Entretanto, de acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, na área de Fitopatologia, José Mauricio Fernandes, como as chuvas tem sido passageiras, o risco não será severo. “Já temos registros de giberella na região, mas este não chega a ser considerado um ano de extrema severidade, porque as chuvas não são continuas. Podemos dizer que este será um ano de epidemia moderada”, diz.
Ao contrário de 2009, quando o trigo estava na mesma fase e a chuva foi contínua, a situação foi mais problemática. Todavia, Fernandes diz que os problemas ocasionados pela giberella não chegam a significar tanto em perdas por quilograma por hectare, como em entraves na comercialização.
O pesquisador explica que desde 2011, está em vigor no Brasil e outros países, uma lei com um limite de tolerância de micotoxinas do grão e farinha de trigo que podem ser comercializados. Essa micotoxina é causada pela giberella. “A planta acaba produzindo essa micotoxina o que pode barrar a comercialização”, acrescenta.
Com relação ao controle, não existe um método único. O fungicida tem efeito sobre a giberella, mas depende do momento e da qualidade da aplicação, que deve atingir a espiga. “No futuro, deveremos ter para o controle com mais variedades resistentes a giberella. Associando ao uso de fungicidas, com o momento certo e qualidade da aplicação, para obtermos um sucesso maior.
Fonte: Diário da Manhã - Passo Fundo
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