Publicado em: 02/04/2012 às 17:50hs
Para avaliar os gargalos da cadeia produtiva e buscar saídas para o problema, a Cooperativa Integrada, Sociedade Rural do Paraná e o Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo vão promover o 1º Fórum Paranaense do Trigo, que ocorre no dia 5 de abril, durante a 52ª Exposição de Londrina.
“Vamos levantar a bandeira da importância do trigo para toda a cadeia produtiva do agronegócio paranaense, desde a pesquisa até a comercialização”, destaca o presidente da Integrada, Carlos Murate.
Na programação, estão previstas palestras com o Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Rocha, e o chefe da Embrapa Trigo, Sérgio Dotto. Na sequência, haverá uma rodada de debates com a presença do presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, do presidente da Integrada, Carlos Murate, do secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara e do Presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Lopes.
Redução na área plantada
Como vem ocorrendo nas últimas safras, a área cultivada com trigo nesse inverno sofre nova redução. O Paraná, maior produtor nacional do cereal, vai cultivar apenas 870 mil hectares com a cultura, uma redução de 17% em relação ao ano passado, quando foram cultivados pouco mais de um milhão de hectares. Em 2009, para se ter uma idéia, os paranaenses chegaram a cultivar mais de 1,3 milhão de hectares.
O fato é que o trigo paranaense é importante para toda a cadeia do agronegócio e precisa de apoio e novas possibilidades. Além dos benefícios agronômicos, a cultura é uma importante geradora de renda e, muitas vezes, a única opção de inverno em muitos municípios do Paraná, ajudando a diluir custos fixos na propriedade rural.
Para o presidente da Integrada, Carlos Murate, uma redução drástica na produção paranaense pode trazer grandes prejuízos financeiros para toda a cadeia produtiva. “Isso pode inviabilizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos materiais, elevando os custos de produção devido à escassez de insumos específicos para a cultura”, alerta Murate.
Segundo ele, uma cultura de trigo fraca no Paraná só fortalece nossos principais concorrentes. “Isso traria uma redução ainda maior na liquidez, devido ao fortalecimento e estruturação do sistema produtivo em países vizinhos, além de aumentar nossa dependência externa em um produto estratégico”, finaliza o presidente da Integrada.
Fonte: Assessoria de Imprensa Cooperativa Integrada
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